A técnica em enfermagem Katrine Hanauer da Silva realizou o sonho de formalizar a união com o companheiro e de batizar a filha, enquanto lutava contra o impacto de um câncer agressivo descoberto havia poucos meses.
O sepultamento ocorreu neste domingo em Ivoti.
Menos de um mês depois de realizar o sonho de se casar, ainda que sob cuidados paliativos e no andar térreo de um hospital, a técnica em enfermagem Katrine Hanauer da Silva morreu no sábado (13) em razão de um câncer de colo de útero.
Katrine, 24 anos, havia emocionado o Estado ao conseguir formalizar a união com o companheiro Mateus Henrique Soares dos Santos no dia 21 de junho, quando já não havia expectativa de que a jovem conseguisse sobreviver à doença por muito tempo.
O enterro foi realizado às 15h deste domingo (14) no Cemitério Municipal de Ivoti.
A funerária São José, responsável pelo serviço, informou que a morte de Katrine aconteceu na noite da véspera no Hospital de Clínicas.
Ela foi vítima de um câncer que havia sido descoberto apenas três meses antes do casamento e se mostrou bastante agressivo.
Conforme reportagem publicada em GZH após a cerimônia, quando o diagnóstico foi confirmado já havia metástase — situação em que o câncer se espalha por outras partes do corpo.
Ao chegar ao Clínicas, no mês de maio, sua saúde já estava bastante debilitada.
Como o tratamento não deu resultado, e uma intervenção cirúrgica traria mais riscos do que benefícios, Katrine foi transferida para o setor de cuidados paliativos com o objetivo de garantir a melhor qualidade de vida possível no tempo restante, com alívio de dores e outros sintomas.
Durante esse período, a técnica em enfermagem manifestou o desejo de se casar formalmente com o motorista Mateus dos Santos. No mesmo evento, o casal também batizou a filha de um ano e sete meses, Isis Valentina.
— Não tenho palavras para resumir, porque é um dia muito especial. E eu estou chocada, realizada, é muito boa essa sensação — ressaltou Katrine, naquele momento, em conversa com a reportagem de Zero Hora.
A noiva, em uma cadeira de rodas, precisou casar nas instalações do próprio hospital em razão do impacto da doença.
Em parceria com familiares, funcionários do Clínicas se mobilizaram para organizar a cerimônia e uma festa.
Ao ser conduzida para o altar pelo pai e pelo avô materno, a jovem realizou o antigo sonho e emocionou parentes, amigos e profissionais de saúde que acompanhavam o evento.
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