Atual prefeito deve ter pedetistas como principais adversários na tentativa de reeleição no ano que vem
Osório segue tradição de disputa entre PDT e MDB na prefeitura | Foto: Felipe Nabinger / CP Especial
Considerada por lei estadual a “Terra dos Bons Ventos”, Osório é conhecida pelo seu complexo eólico, que teve as primeiras torres inauguradas em 2006. Suas torres já se tornaram um cartão postal do município de 47 mil habitantes, composto por seis distritos, entre eles a praia de Atlântida Sul.
Osório teve um incremento de quase 16% no número de habitantes na comparação entre os censos de 2010 e 2022.
Em sua história política, desde a redemocratização, a prefeitura alternou entre prefeitos do PDT e do MDB. De 1985 até hoje, foram sete gestões pedetistas e três emedebistas à frente do Executivo municipal.
Quatro décadas depois, o cenário não parece ser diferente. Roger Caputi (MDB) buscará a reeleição, podendo ter pela frente duelo com Romildo Bolzan Júnior (PDT).
Caputi foi eleito em 2020 derrotando Eduardo Renda (PP), seu principal adversário, que tinha o apoio do PDT, e Ploter (PSB). O PP, de Renda, que havia sido vice do pedetista Eduardo Abrahão, em chapa eleita em 2012 e reeleita em 2016, atualmente faz parte da base de Caputi, devendo indicar o pré-candidato à vice.
De volta à presidência estadual do PDT, onde esteve entre 2007 e 2014, Romildo Bolzan Júnior é o principal nome do partido.
Ele foi eleito prefeito do município em 1992, 2004 e 2008, além de ter sido vice de Ciro Simoni, em 1988.
O partido em âmbito municipal trabalha na tentativa de convencer Bolzan a mais uma candidatura. Embora ele defenda ser um momento de “renovação”, não tendo o desejo pessoal de retornar à prefeitura.
Uma candidatura mais à direita articula uma espécie de terceira via, tentando quebrar o ciclo do domínio das legendas mais tradicionais no município. O advogado Cristiano Zart encabeça o movimento.
Ele foi um dos filiados do PL, no último dia 17, na presença do ex-presidente Jair Bolsonaro, anunciado como pré-candidato a prefeito junto com o pré-candidato à vice, Remo Valim.
Em 2020, Zart tinha intenção de concorrer pelo PRTB, mas a pandemia e a falta de recursos para campanha o fizeram declinar.
Outra possibilidade no cenário eleitoral é a presença de Gláucia Tressoldi. Viúva do vice-prefeito eleito na chapa de Caputi, Martim Tressoldi (PSDB), morto em junho, em decorrência de um tumor no cérebro, Gláucia assumiu recentemente o diretório municipal tucano no município e pode disputar a prefeitura.
Correio do Povo