Por meio do Centro de Apoio Operacional de Defesa do Meio Ambiente (Caoma), o Ministério Público do Rio Grande do Sul (MP-RS) lançou nessa terça-feira (11) a campanha “Teu pet te espera”.
O objetivo é estimular o acolhimento de animais de estimação desabrigados pelas enchentes, seja com lares temporários ou adoção definitiva. Não foi detalhado, porém, como será realizada a iniciativa.
“Em virtude desse cenário de crise, queremos encorajar as pessoas a proporcionarem um ambiente mais seguro e confortável ao bichinhos, de forma transitória para posterior reencontro com seus tutores, ou definitiva em um novo lar”, destaca a procuradora Ana Maria Moreira Marchesan, responsável pela coordenação do Caoma.
Ela ressalta que durante os esforços de quem tentava se salvar em meio à catástrofe ambiental, milhares de animais de estimação se perderam de suas famílias ou acabaram deixados para trás, sendo que muitos foram resgatados e se encontram em abrigos organizados especificamente para tal finalidade, sob cuidado de voluntários, organizações não governamentais e prefeituras. Também foram acolhidos inúmeros “pets” que já viviam em situação de rua.
Ana Marchesan acrescenta que os cidadãos que se declararem aptos a providenciar um lar temporário deverão se responsabilizar pelo bem-estar do animal abrigado enquanto durar o período sob sua guarda. Mais informações no site mprs.mp.br.
Destinação de recursos
Na segunda-feira (10), o Ministério Público gaúcho informou que o seu Fundo para Reconstituição de Bens Lesados (FRBL) repassará cerca de R$ 2 milhões a projetos voltados à saúde e controle populacional de animais resgatados das enchentes. A iniciativa contempla as cidades de Porto Alegre, Canoas, Guaíba, Eldorado do Sul e São Leopoldo.
Metade do valor tem como destino serviços de transporte, esterilização, microchipagem, cadastro em plataforma oficial, identificação e adoção dos “pets” por universidades parceiras, clínicas e hospitais veterinários.
Outros R$ 992 mil bancarão um projeto emergencial da prefeitura de Porto Alegre para promover a esterilização e controle sanitário dos bichinhos resgatados em outras cidades e trazidos para a Capital. O objetivo é evitar surtos de zoonoses – doenças transmitidas entre humanos e animais, como leptospirose, esporotricose, criptococose e leishmaniose.
O FRBL é gerido por um conselho composto por representantes do MP-RS, governo gaúcho e de entidades sociais. Suas receitas são provenientes de indenizações no âmbito de multas, sentenças condenatórias, acordos judiciais e extrajudiciais, bem como termos de ajustamento de conduta. No foco está o ressarcimento à coletividade por danos causados ao meio ambiente, consumidor, patrimônio público e dignidade de grupos raciais ou religiosos, dentre outros.
(Marcello Campos)
osul.com.br