A Coordenadora Regional de Educação, Glaucia Marcon, concedeu entrevista à rádio Jovem Pan para comentar a decisão da Justiça que adiou o início do ano letivo na rede estadual do Rio Grande do Sul.
A liminar foi concedida após um pedido do CPERS-Sindicato, que solicitou o adiamento das aulas, inicialmente previstas para esta segunda-feira (10), para o dia 17 de fevereiro.
A justificativa para o pedido é a forte onda de calor que atinge o estado.
Durante a entrevista, Glaucia Marcon reconheceu a preocupação com as altas temperaturas, destacando que, das 2.320 escolas estaduais, apenas 460 possuem ar-condicionado, enquanto a maioria das unidades conta apenas com ventiladores.
Ela ressaltou que, em janeiro, a Secretaria de Obras Públicas do Estado realizou um diagnóstico das condições estruturais das escolas e identificou problemas principalmente na rede elétrica, o que tem sido tratado como prioridade.
Apesar disso, a coordenadora enfatizou que as escolas estavam preparadas para o início do ano letivo e que os gestores teriam autonomia para reduzir a carga horária das aulas, caso fosse necessário.
Além disso, Glaucia destacou a preocupação com a merenda escolar, que já havia sido adquirida para atender os estudantes. Para muitos alunos, essa é uma refeição essencial no dia a dia.
Outro desafio com o adiamento é a necessidade de cumprir os 200 dias letivos exigidos por lei.
A Secretaria Estadual de Educação avalia alternativas para reorganizar o calendário escolar, podendo incluir aulas aos sábados ou a extensão do período letivo, que, inicialmente, estava previsto para se encerrar em 17 de dezembro.
Sobre a possibilidade de mudança na decisão, Glaucia Marcon informou que a Procuradoria-Geral do Estado (PGE) está atuando para tentar derrubar a liminar.
Caso haja alguma alteração na data de retorno às aulas, a coordenadora garantiu que a decisão será amplamente divulgada para a comunidade escolar.
Lucas Filho