Será mais um dia de amanhecer gelado no Estado.
O Rio Grande do Sul estará sob a influência de um centro de alta pressão atmosférica nesta quarta-feira.
O tempo será aberto e ensolarado no Estado, com amplos períodos de céu claro na maioria das cidades. Com o perfil seco da atmosfera, a presença de ar frio e a escassa nebulosidade, o frio será maior na madrugada e o amanhecer será gelado para esta época do ano.
Com o sol, a temperatura rapidamente se eleva durante a manhã e a tarde terá marcas agradáveis.
É normal fazer frio em novembro?
Muita gente se surpreende com as baixas temperaturas dos últimos dias nesta época do ano, mas o histórico climático mostra que estes dias frios neste período não têm nada de anormal. Massas de ar frio mais frio podem alcançar o Sul do Brasil em qualquer época do ano, inclusive no verão. A frequência de ingresso de ar frio diminui à medida que avança a primavera, mas como estamos em uma região de transição climática, incursões de ar frio tardias acabam ocorrendo.
No ano passado, mesmo com o forte El Niño, Porto Alegre teve 13,7ºC no dia 4; 10,7ºC no dia 5; 13,4ºC no dia 20; e 13,0ºC no dia 25. Em 2022, o começo de novembro foi marcado por sequência de madrugadas de frio com temperaturas mínimas na capital gaúcha de 9,9ºC nos dias 1º e 2; 9,3ºC no dia 3; e 13,5ºC no dia 4.
Nas séries históricas de Porto Alegre, no período 1910-1945, a menor marca foi de 6,4ºC em 17/11/1924. Na série 1931-1960, o menor registro mensal foi de 6,7ºC em 11/11/1931. Já na série 1961-1990, 8,7ºC em 14/11/1978. Em 1º de novembro de 2022, houve o registro de chuva congelada em São Joaquim, no Planalto Sul de Santa Catarina. No alto do Morro da Igreja, nevou. Foi a mais tardia ocorrência de neve que se tem registro no Brasil.
Ainda nesta primavera podem ocorrer novas incursões de ar mais frio no Sul do Brasil, com temperatura baixa durante a noite e marcas agradáveis durante o dia, embora a tendência é que os períodos de calor comecem a se tornar mais frequentes com a aproximação do verão.
Veja as mínimas e máximas em algumas cidades do Rio Grande do Sul e de Santa Catarina
Correio do Povo
