A obra, lançada pela editora Vitrola, resgata contexto histórico dos imigrantes no estado.
Em 2025, a imigração italiana no Rio Grande do Sul completa 150 anos, um marco que moldou a cultura, a economia e a identidade do povo gaúcho. A data, comemorada oficialmente em maio, será celebrada com diferentes ações e eventos no estado, em especial na região da Serra, onde as primeiras colônias se estabeleceram.
O livro A Pedra do Mundo, assinado por Uili Bergammín Oz e lançado pela Vitrola, editora e distribuidora de livros gaúcha, com o objetivo de manter sempre viva a tradição e a cultura dos antepassados, foi integrado à programação oficial.
A obra, que foi pensada e construída ao longo de 25 anos, é resultado de uma vasta pesquisa que resgata os cenários da Serra Gaúcha e a história dos descendentes de imigrantes italianos durante a Segunda Guerra Mundial, um período marcado por desafios, preconceitos e lutas pela sobrevivência. Neto de imigrantes, o autor construiu a narrativa a partir de memórias familiares, mesclando acontecimentos reais ao universo fictício desenvolvido.
Na história, o personagem Guido Polidori é marcado pela perda do irmão na guerra e, após encontrar um reluzente cristal, parte em uma jornada de autoconhecimento e descoberta. A busca de Guido pela enigmática pedra simboliza a busca de um povo por identidade, pertencimento e redenção. A narrativa mescla elementos de suspense, espiritualidade e crítica social, mostrando como resquícios do passado continuam sendo sentidos no presente.
Ramir Severiano, fundador e diretor da Vitrola, destaca a importância de manter viva uma história tão rica e importante para o estado. “A Pedra do Mundo é uma obra que possui um olhar atento às raízes da imigração italiana no RS, trazendo ao público uma história fictícia, mas que possui embasamento real e consistente, fruto de ampla pesquisa do autor”, afirma.
“A Pedra do Mundo é o grande trabalho da minha carreira até agora. Tudo o que escrevi e publiquei até aqui foi uma espécie de preparação para este meu primeiro romance. Ele tem um pano de fundo histórico muito sério, fruto de longa pesquisa, um momento crítico, tenso e violento do sul do Brasil, que poucos conhecem. Mas o livro é muito mais do que isso. É uma linda jornada em busca de algo mais profundo, que o leitor vai ter que descobrir sozinho. E vai valer a pena”, enfatiza Uili Bergammín Oz.
Sobre a Vitrola
Fundada em 1987, a Vitrola tornou-se sinônimo de cultura, qualidade e inovação.
A sua trajetória começou como locadora de filmes VHS, no município de Iraí, região noroeste do Rio Grande do Sul.
Localizada atualmente em Frederico Westphalen, a história da empresa perpassa pela distribuição de CDs e DVDs, em que obteve destaque nacional, estando entre os maiores players do país na época. Em
2011, passou a trabalhar com a distribuição de livros, consolidando-se primeiro no mercado gaúcho e, posteriormente, em outros estados, contando atualmente com mais de 100 colaboradores, envolvidos em todo o processo de produção e distribuição de livros.
Em 2020, inaugurou a editora com selo próprio, lançando obras de autores novos e consagrados, além de se destacar na publicação de clássicos com projetos gráficos diferenciados.
Além disso, a Vitrola conta com quatro livrarias franqueadas, lojas que levam o nome da empresa em Frederico Westphalen, Lajeado, Santo Ângelo e Três Passos.
Vitrola, editora e distribuidora de livros gaúcha