Possibilidade de novo deslizamento pode deixar Caxias do Sul sem energia elétrica e ameaça a Rota do Sol

Foto: Laura Piola

Além da adutora, técnicos monitoram torre de energia elétrica que está ameaçada e solução emergencial pode levar até 120 dias para ficar pronta.

As chuvas do mês de maio geraram um problema considerado pelos técnicos como de extrema gravidade nas imediações da entrada de Fazenda Souza, na Rota do Sol (RST-453), na região da Igreja de São Nicolau.

A adutora do Sistema Marrecas, que passa sobre um talude construído há 15 anos, vem sofrendo constantemente com os deslizamentos, o que causa seu rompimento e desabastecimento de 27% da população da cidade, sobretudo nas Zonas Norte e Leste da cidade.

Só que o problema vai além. Uma área de 234,17 m, o que corresponde a mais de dois campos de futebol, causa inúmeras preocupações para geólogos e geógrafos contratados emergencialmente pelo Samae, especificamente para entender, avaliar e conter os riscos, bem como trabalhar na prevenção de novos deslizamentos, que podem causar desabastecimento de energia elétrica, internet, de água, por óbvio, mas também a interdição por até 20 dias da Rota do Sol.

Isto porque em torno de 170 metros acima do nível da estrada há uma erosão de três metros entre pedras e terra, que atingiu uma torre da linha de transmissão 230 de alta tensão, Lajeado-Caxias. A torre está ameaçada de queda. Além da energia elétrica, que abastece a cidade toda, a torre da Eletrosul conduz cabos de dados, o que pode causar problemas diversos.

Também há duas casas na área que estão sob monitoramento constante da equipe que trabalha no local.

O diretor da empresa Garden, geógrafo Elton Boldo, explica que os trabalhos são bastante delicados e a operação requer máxima atenção, por muito tempo. “É uma situação de altíssimo risco, não é uma situação simples para lidar. Na adutora, houve um colapso do solo, abrimos preventivamente um novo talude, com mais de 300 metros de extensão, com reforço com rocha e drenagem. Entretanto, numa parte acima dessa área, a gente teve o rompimento do solo, que causa toda essa instabilidade. Com a constante chuva,  tem agravado ainda mais a situação da adutora, porque acaba empurrando a parte frontal do material para a beira da rodovia, pressionando a adutora. Todo esse trabalho é apenas de prevenção”, explica.

 

Obras emergenciais e paliativas

O presidente substituto do Samae, Ângelo Barcarolo, revela que a solução considerada mais urgente leva pelo menos de 90 a 120 dias para ser executada. A ideia é transferir a adutora para o outro lado da Rota do Sol.

“Estamos analisando a área constantemente na parte de geologia, geotecnia. Mas a situação é muito mais grave porque ela transcende o abastecimento de água. A solução inicial é contratar uma obra de alocação da adutora, mas isso, mesmo sendo emergencial, levaria de 90 a 120 dias para concluir. Há só uma empresa no mundo que fabrica essa tubulação. Isso, em tempo recorde, levaria de 20 a 30 dias para chegar do Rio de Janeiro”, lamenta.

Barcarolo revela ainda que será feita uma obra extra para garantir minimamente o abastecimento de água da população. “Vamos implantar uma rede de 600mm abaixo do leito da rodovia. Vamos rasgar a Rota do Sol por 600 metros e implantar provisoriamente uma rede”, prometeu.O vereador Sandro Fantinel (PL) gravou um vídeo alertando para o risco de novos deslizamentos na região da adutora do sistema Marrecas, em Vila Seca. Segundo ele, a Rota do Sul pode ser atingida, bem como as torres de alta tensão da rede elétrica, que passa nas proximidades. Ele disse que trabalha na reativação de um poço artesiano em Fazenda Souza e na sessão na Câmara de Caxias do Sul, na terça-feira (14), disse que irá propor um projeto de lei para que sejam retirados cinco metros de vegetação “para cada lado” das principais estradas do interior do Estado.

 

As obras que foram feitas até agora no local são as seguintes:

  • corte de árvores e reconfiguração de talude (taludeamento, drenagem e enrocamento) em trecho de 300m x 20m ao longo da faixa de domínio do DAER.
  • Aerolevantamento com perfilamento a laser para tomada de decisão sobre projeto futuro em toda a área.
  • Acompanhamento e gestão conjunta com Eletrosul para solucionar questão da LT Lajeado – Caxias. (instabilidade da torre)
  • Monitoramento dos taludes, acompanhamento e reconfiguração mantendo a adutora e dando a maior segurança possível para não bloquear a RST 453.
  • Projetos paliativos até o SAMAE conseguir viabilizar a transposição da adutora para a outra margem.

 

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leouve.com.br

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