Polícia acha nota fiscal de compra de arsênio em celular de suspeita de envenenar bolo em Torres

Facebook
Threads
LinkedIn
WhatsApp
X
OK
Coletiva sobre casos de envenenamentos em Torres. | Foto: Mauro Schaefer

Investigação ainda busca desvendar como se deu a dinâmica que resultou no envenenamento da sobremesa.

A Polícia Civil confirmou, nesta segunda-feira, que havia uma nota fiscal de compra de arsênio no celular de Deise Moura dos Anjos, suspeita de envenenar e matar quatro pessoas da mesma família.

No documento, ainda segundo a instituição, também constava o nome de Deise como destinatária. A substância, base do veneno arsênico, estava no bolo consumido por vítimas em Torres.

No final de agosto de 2024, Deise também teria provocado a morte do sogro, Paulo Luiz dos Anjos. Entretanto, ainda não está claro em que momento ela teria envenenado a farinha usada para fazer o bolo de Natal que levou as outras três vítimas à morte.

De acordo com a PC, em um intervalo de quatro meses, Deise teria comprado arsênio pelo menos quatro vezes. As aquisições foram feitas na internet, e as entregas ocorreram via Correios.

Uma das compras da substância foi realizada pouco antes da morte de Paulo. Ele era marido de Zeli Teresinha Silva dos Anjos, 61 anos, que preparou o bolo de Natal e que também foi contaminada.

Em depoimento, Deise informou aos policiais que visitou os sogros no dia 31 de agosto. A visita seria uma tentativa de reconciliação após décadas de brigas com Zeli, supostamente motivadas por um saque bancário. Na ocasião, Deise e o companheiro levaram bananas e leite em pó para a casa dos familiares em Arroio do Sal.

Paulo Luiz dos Anjos morreu dois dias depois da visita da nora. À época, a família acreditou que ele havia morrido por intoxicação alimentar devido ao consumo das bananas, teoricamente contaminadas na enchente. Após a exumação do corpo dele, na semana passada, o Instituto-Geral de Perícias (IGP) encontrou arsênio no cadáver.

 

 

Nora visitou sogra cerca de um mês antes de envenenamento

Exames também detectaram arsênio em Zeli e no corpo de outras duas pessoas que consumiram o bolo em Torres no final do ano. Segundo a perícia, a farinha utilizada na sobremesa continha doses letais do químico. A PC ainda tenta desvendar como se deu a dinâmica que resultou no envenenamento do doce.

Não é descartado que Deise tenha deixado a farinha contaminada com Zeli no mês que precedeu o Natal. Antes de ser presa, no último dia 5 de janeiro, ela prestou um depoimento em que diz que esteve na casa da sogra, em Arroio do Sal, entre os dias 16 e 19 de novembro de 2024.

O depoimento ainda dá conta que Deise e o companheiro levaram Zeli de carro para casa no dia 16 de novembro. Eles teriam oferecido a carona após uma visita dela em Nova Santa Rita, onde o casal morava.

Zeli teria levado vários mantimentos de Nova Santa Rita para Arroio do Sal. Uma das suspeitas é que a farinha contaminada com arsênio estivesse em meio aos produtos.

Na residência de Zeli, ainda segundo o relato de Deise, “havia um cheiro insuportável em virtude da geladeira estar desligada” após uma falta de luz. Ela também disse que a maioria dos alimentos foi jogado fora, à exceção de uvas passas, frutas cristalizadas, requeijão, margarina, molhos que estavam tampados, vinho, presunto, queijo e ovos.

Quando foi interrogada, Deise negou ter levado veneno para a casa de Zeli. Ela declarou que “embora não sejam próximos, ninguém teria motivos de chegar ao extremo e envenenar a família”.

 

 

Desentendimento entre nora e sogra precedeu Natal

No registro da Polícia Civil, Deise confessou que estava chateada porque a sogra não quis passar o Natal com ela e o neto. Isso porque, segundo o relato da investigada, Zeli teria preferido celebrar a data com as irmãs, Neuza Denize Silva dos Anjos e Maida Berenice Flores da Silva.

Neuza e Maida morreram em 24 de dezembro, um dia após ingerir o bolo envenenado. Também veio a óbito, na mesma data, a filha de Neuza, Tatiana Denize Silva dos Anjos.

Em nota, a defesa de Deise Moura dos Anjos diz que as declarações divulgadas pela Polícia Civil ainda não foram judicializadas no procedimento sobre o caso, e que por isso aguarda a integralidade dos documentos e provas para análise e manifestação.

O comunicado também diz que já foram realizados requerimentos e esclarecimentos no inquérito judicial referentes aos andamentos da investigação, e que a defesa aguarda neste momento a decisão judicial.

 

Correio do Povo

 

Notícias Relacionados

Últimas Notícias

Onde Ir

Clique na foto para acessar o site do corretor

Quer ficar por dentro sobre as principais notícias do Brasil e do mundo? Siga o Serra e Litoral nas principais redes sociais. Estamos no Twitter, Facebook, Instagram e YouTube. Tem também o nosso grupo do Telegram e Whatsapp.

Você já acessou a nossa Página Osório na Web hoje?

Olá, Seja bem-vindo!
Você já acessou a nossa Página Osório na Web hoje?
𝐀𝐜𝐞𝐬𝐬𝐞, conheça e fique bem informado(a) dos acontecimentos do 𝐃𝐈𝐀-𝐃𝐈𝐀.

Osório na Web e Portal Serra e Litoral Juntos.
Segue o Link da Página

Página Osório na Web

Redes do Grupo Fortes Publicidade
Notícias atualizadas 24h.

Receba as principais notícias do Portal Serra e Litoral no seu WhatsApp

Curta, compartilhe e se inscreva no nosso canal no YouTube

Fonte de dados meteorológicos: 30 tage wettervorhersage