A Jovem Pan recebeu o mergulhador de resgate da companhia especial de busca e salvamento do CBM RS, Adriano da Silva, que detalhou os riscos de banho, especialmente durante esse período na região do litoral, em que muitos buscam locais sem a presença de um guarda-vidas, ou ainda se arriscam por desconhecimento.
Adriano comentou sobre os principais riscos no mar, e deu dicas como nunca nadar contra a corrente, e evitar locais próximos de plataformas.
Nas lagoas, rios e açudes a dica é não utilizar bóias, e colchões infláveis, que, com o vento característico da região, podem levar a pessoa para um ponto de grande profundidade, com o risco da bóia furar em um galho, e de preferência optar por lagoas com a presença de guarda-vidas.
Sobre as jazidas, a primeira observação do mergulhador é não se banhar, uma vez que esses locais não são apropriados para o banho. É comum nesses locais a profundidade chegar de 10 metros à 12 metros, além de ter a densidade da água diferente, que exige um esforço até 3 vezes maior do que no mar e em lagoas.
– As são locais atípicos, a água é convidativa, mas não são para banho. São aéreas particulares, por isso existem inclusive placas com essa orientação. Disse Adriano. Lembrando também dos riscos da auto confiança, dando como principal dica o uso do colete salva-vidas para pescadores, e uso de lanchas, jet ski e esportes aquáticos.
– Pode ter uma câimbra, um mal estar, bater em um galho e sem o colete vai se afogar.
Outra importante dica trazida pelo mergulhador foi em relação às crianças em piscinas, especialmente de 1 a 3 anos. A dica é utilizar o cercado, e evitar brinquedos na piscina que possam chamar a atenção da criança.
Adriano comentou também sobre o trabalho de orientação que os mergulhadores realizam nas escolas, e palestras sobre esses riscos e dicas, para evitar números que assustam. Atualmente no Brasil 16 pessoas morrem por dia por afogamento, tornando essa uma das maiores causas de mortes no país.
Lucas Filho