Queda da antiga estrutura, que causou a morte de jovem, completa um ano no próximo dia 20.
A Marinha do Brasil autorizou a Prefeitura de Passo de Torres, em Santa Catarina, na divisa com o município de Torres, a prosseguir com as obras da nova ponte pênsil, que irá substituir a antiga, que caiu há quase um ano, em 20 de fevereiro de 2023.
Conforme a administração da praia catarinense, as obras estão na fase final.
Os cabos de sustentação serão hasteados de um lado para outro nos próximos dias 19, 20 e 21. Após isto, haverá a fixação das madeiras para a travessia de pedestres na ponte.
Nestes dias, o fluxo de embarcações marítimas ficará bloqueado no rio Mampituba, que divide os dois estados. “Durante a passagem dos cabos, a Marinha terá uma equipe que vai monitorar a obra e as embarcações.
A prefeitura também acompanhará com moto aquática e fará ações de divulgação nas marinas, estaleiros e nas embarcações que ficam às margens do rio para informar sobre o impedimento da navegação naquele trecho da obra”, explicou secretário de Planejamento e Meio Ambiente de Passo de Torres, Roger Maciel.
A Marinha, por meio do Comando do 5º Distrito Naval, havia embargado a continuação das obras da nova ponte no começo de janeiro, alegando que a obra estava em andamento sem ter sido solicitado o chamado Parecer de Obra Sobre as Águas, sem a presença de uma embarcação de segurança, sem o balizamento para a ordenação do tráfego de embarcações, sem a “divulgação correta à Comunidade Marítima”, sem a interdição do canal de navegação e até mesmo sem o projeto da ponte ter sido aprovado pelo órgão federal.
A projeção dos cabos sobre o canal do rio afirmou ainda que a projeção dos cabos sobre o rio trazia “sérios riscos aos navegantes locais”, o que prejudicava a navegação. Por sua vez, a Prefeitura de Passo de Torres disse que fez “todas as adequações solicitadas”, e que, diante do embargo, a empresa responsável continuou trabalhando na construção das escadarias e base de sustentação, que ficam às margens do Mampituba. “Agora que recebemos a autorização vamos executar o hasteamento com toda a segurança para as embarcações e para os funcionários da empresa”, disse Maciel.
O investimento, totalmente custeado por Passo de Torres, é de R$ 701,8 mil. A queda da ponte no ano passado causou a morte do jovem Brian Grandi, 20 anos, e outras 16 pessoas ficaram feridas.
O Instituto-Geral de Perícias (IGP) gaúcho concluiu que a causa do acidente na época foi a corrosão da estrutura da ponte, inaugurada em 1985.
Tanto as polícias civis do RS quanto de SC concluíram os inquéritos abertos no ano passado sem indiciamentos.
Correio do Povo