A menina estava desaparecida desde sábado (4).
Em Canoas, no Rio Grande do Sul, a comunidade está de luto após a confirmação da morte de Agnes da Silva Vicente, uma bebê de seis meses que estava desaparecida desde um acidente de barco durante as enchentes na região.
Agnes e sua família tentavam evacuar a área alagada quando o bote em que estavam virou. A bebê foi inicialmente resgatada e entregue aos cuidados médicos, mas infelizmente, foi confirmado pela mãe da menina em redes sociais neste domingo, Dia das Mães, que ela não sobreviveu.
O caso
A tragédia das enchentes na Região Metropolitana de Porto Alegre trouxe uma série de desafios para Gabrielli Rodrigues da Silva, de 24 anos, moradora de Canoas. Após o resgate, Gabrielli perdeu contato com uma de suas filhas, a pequena Agnes da Silva Vicente, de apenas seis meses, durante a evacuação de sua casa no bairro Harmonia na noite de sábado (4).
Segundo relatos, após o barco que transportava a família virar, o bebê foi resgatado e colocado em uma ambulância por um homem que conseguiu reanimá-la, mas o paradeiro de Agnes desde então é incerto. Gabrielli e sua família estão atualmente abrigados no campus da Ulbra, em Canoas. Enquanto isso, a irmã gêmea de Agnes, Ágata, encontra-se internada na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) do Hospital Universitário devido ao incidente. A outra filha do casal, Alice, de sete anos, também foi internada nesta quarta-feira (8).
O pai das crianças, Alisson Nunes Vicente, de 25 anos, está junto de Gabrielli cuidando de seu filho mais novo, Gabriel Yuri, de dois anos, que surpreendentemente aprendeu a palavra “socorro” em meio à crise.
Com seu celular danificado durante o salvamento, Gabrielli compartilhou com a reportagem, via WhatsApp do aparelho de seu marido, que na manhã desta quarta-feira estava no hospital acompanhando outra filha. Ela revelou ter recebido centenas de mensagens de apoio pelo Instagram. Um homem que ajudou no resgate de Agnes visitou Gabrielli no abrigo para informar sobre o momento em que deixou a menina na ambulância.
Gabrielli descreveu a roupa que Agnes usava – um moletom rosa com corações brancos e um casaquinho rosa – e expressou um misto de tormento e esperança. “No começo, meus pensamentos eram o meu pior tormento. Mas agora, com todas as informações que recebi, minha esperança se fortalece. Meu coração sente que ela está em algum lugar seguro, e tenho fé de que a encontrarei”, disse Gabrielli.
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