Sesc e Senac ofereceram diversas atividades e apresentações de projetos relacionados à acessibilidade.
Promover a acessibilidade para que todos possam aproveitar o momento de lazer foi o objetivo da ação de Dia da Inclusão promovido pelo Sesc na manhã deste sábado em todo o Litoral Norte.
Em Tramandaí, na casa do Estação Verão Sesc, foram diversas atrações para todos os públicos, como playground adaptado inclusivo, bicicletas adaptadas, cadeira anfíbia e circuito sensorial para pessoas que não são deficientes visuais entenderem como é a rotina de quem convive com a cegueira.
De acordo com a coordenadora-geral do Projeto Estação Verão do Sesc, Melissa Stoffel, a criação do Dia da Inclusão surgiu a partir de uma demanda percebida desde 2013, quando começaram a ser ofertadas as cadeiras anfíbias na beira da praia. “Apenas em 2023, foram 1.170 banhos adaptados. É fácil chegar à conclusão que sempre houve demanda. O que falta são espaços inclusivos, com equipamentos adaptados e estrutura para receber este pessoal. É uma ação feita não só para pessoas com algum tipo de necessidade, mas para todos que estão circulando pela praia conhecerem e vivenciarem as dificuldades que uma pessoa com algum tipo de deficiência passa. Se cada um fizer um pouco, a gente vai ter uma cidade, um país e um mundo mais inclusivo”, contou.
Logo no início das atividades do Dia da Inclusão, o morador de Tramandaí, Tiago Ribeiro, de 38 anos, aproveitou para passear de bicicleta adaptada.”Eu tento vir todos os dias para aproveitar as atividades do Sesc. E a acessibilidade delas é importante demais para mim, pois eu me sinto humano. A gente também tem o direito de participar, de aproveitar”, ressaltou.
Projetos de acessibilidade das escolas do Senac
Outro destaque da ação foi a apresentação de três projetos selecionados da última Senac Experience, realizada em outubro de 2023. A escola de Cachoeira do Sul levou o projeto de uma bengala digital, que possui sensores para avisar o usuário deficiente visual sobre obstáculos no seu caminho. Estes avisos são realizados a partir de vibrações na bengala digital, além de sinais sonoros em um auto falante e através de fone de ouvido.
A escola do Senac de Lajeado também apresentou um projeto de acessibilidade em prol de pessoas com deficiência visual. O projeto criado pode ser aplicado em corredores de supermercados, ajudando nas compras de rotina. Além de preverem prateleiras com informações em braile, ele prevê sinais no piso e também em um painel tátil nos carrinhos de compras.
Já a escola de Caxias do Sul apresentou o projeto “Neurodivergentes”, onde foi desenvolvido um site que trata sobre o Transtorno do Espectro Autista e outras condições para servir de estudo para professores e estudantes. Ele foi desenvolvido a partir das experiências de uma das alunas, Patrícia Moreira, de 17 anos, estudante do 3º do ensino médio. “Não existem muitas informações sobre isso nas escolas, mesmo havendo alunos. É necessário aprender ouvindo as pessoas neurodivergentes. Eu me senti inclusa neste projeto”, destacou.
Correio do Povo