As enchentes que assolam diversas cidades do Rio Grande do Sul têm trazido uma série de desafios para os moradores, entre os quais se destacam os problemas relacionados à saúde pública.
Ao retornarem às suas casas, alguns cuidados devem ser tomados para evitar exposição e agravamento de doenças.
O contato com o mofo e com água contaminada são preocupações importantes, uma vez que ambas as situações podem causar sérios riscos à saúde.
Com o aumento da umidade devido às enchentes, a proliferação de mofo em residências é uma ameaça real. O mofo é um fungo que se desenvolve em locais úmidos e mal ventilados, e sua presença pode agravar doenças respiratórias como asma e bronquite, especialmente em crianças e idosos, que são mais vulneráveis.
Segundo a enfermeira e coordenadora do curso Técnico em Enfermagem da Escola Técnica Fundatec (ETF), Tatiane Menezes, para remover o mofo de superfícies domésticas de forma eficaz, é fundamental ventilar o ambiente, especialmente durante o inverno, quando a umidade é mais alta e favorece o crescimento do mofo.
O uso de desumidificadores também é recomendado para manter a umidade sob controle. Para a limpeza das áreas afetadas, soluções de água sanitária com água morna ou vinagre branco são bastante eficazes na eliminação do mofo.
Outro problema gerado neste momento é o contato com água contaminada. “A água pode estar sim contaminada com urina de roedores o que pode levar a leptospirose, que evolui em um prazo de 1 a 30 dias após a exposição. Para evitar o contato, é necessário utilizar botas fechadas impermeáveis, pois sapatos de tecido a água entra em contato. Ambientes contaminados devem ser limpos com água sanitária, usando luvas e máscara”, relata Tatiane.
Além disso, “após entrar em contato com a água contaminada, o ideal é ficar atento aos sintomas da leptospirose, como febre, dores nas panturrilhas, febre, náuseas e vômitos. Se apresentarem estes sintomas, as pessoas devem procurar uma unidade de saúde para iniciar tratamento com antibiótico”, explica.
Outro cuidado que deve ser tomado neste momento, é com possíveis machucados. Conforme Tatiane, as melhores práticas para realizar a assepsia de ferimentos em casa envolvem, inicialmente, lavar a área afetada com água potável e sabão para remover sujeiras e detritos visíveis. “Em seguida, o ferimento deve ser limpo com soro fisiológico, que ajuda a reduzir a quantidade de micro-organismos e a prevenir infecções. É importante observar a gravidade e a origem do ferimento; se ele tiver sido causado por contato com água contaminada das chuvas ou apresentar sinais de infecção, como vermelhidão intensa, inchaço ou pus, é necessário procurar uma unidade de saúde para avaliação e tratamento adequado”, orienta.
As enchentes no Rio Grande do Sul trazem consigo diversos desafios de saúde pública. A conscientização e adoção de medidas preventivas são essenciais para minimizar os riscos à saúde associados ao mofo e à água contaminada. A colaboração da comunidade e das autoridades de saúde é fundamental para enfrentar e superar esses desafios.
QCVida – Fundatec lança campanha para ajudar as vítimas das enchentes no RS
A Fundatec lançou uma campanha de arrecadação em parceria com o terceiro setor e instituições sociais oficiais para ajudar as vítimas das enchentes que atingiram o Rio Grande do Sul. Diante dos danos causados pelas fortes chuvas, a iniciativa visa angariar recursos que serão destinados a ações de auxílio às pessoas afetadas. Para contribuir, os interessados podem enviar suas doações para a chave PIX (e-mail): QCVida@fundatec.org.br.
Fonte: Usina de Notícias