Ernani de Freitas relatou que município foi tomado pela água das enchentes.
O prefeito de Eldorado do Sul, Ernani de Freitas, relatou na manhã desta terça-feira que a cidade, a mais prejudicada pelas enchentes no Rio Grande do Sul, terá de ser totalmente evacuada.
A população do município é de cerca de 40 mil.
“Infelizmente teremos de fazer a evacuação total da cidade. Eldorado do Sul está tomada pela água, não tem luz e precisaremos deixar aqui somente as pessoas que ficarão responsável pelo rescaldo da enchente, claro, depois que a água baixar”, explicou em entrevista à Rádio Guaíba.
O prefeito explicou que ainda há pessoas que precisam ser resgatadas em Eldorado do Sul. “Temos pessoas que estão no segundo piso de algumas casas. Elas precisam sair de lá porque não há como ficar. Estamos resgatando as pessoas e as conduzindo até a casa de um algum familiar nos municípios vizinhos”, disse.
Segundo Freitas, somente algumas pessoas que moram no interior de Eldorado do Sul não foram afetadas pela enchente. “Estamos organizando tudo e encaminhando as pessoas para outros municípios. Sei que está vindo ajuda até de Minas Gerais para nos ajudar”, acrescentou.
Freitas estima que a cidade vai precisar de um ano ou dois para se recuperar do desastre. “Não tivemos uma farmácia ou um comércio que não tenha sido saqueado. Tivemos pessoas com fome que saquearam mercados para poder se alimentar”, descreveu.
O prefeito explicou que, num primeiro momento, os residentes de Eldorado do Sul estão seguindo para Guaíba. Porto Alegre também tem auxiliado na recepção de desabrigados do município. “Nós recebemos uma grande ajuda do prefeito (Sebastião) Melo, mas é preciso dizer que a água que está baixando aqui está indo para Porto Alegre, então ele vai precisar cuidar da sua gente também”, comentou antes de dizer que a Capital abrigou cerca de 400 pessoas de Eldorado do Sul.
O retorno gradativo de moradores de Eldorado do Sul ocorrerá somente após a limpeza da cidade e o restabelecimento da luz. “Queremos também garantir que as pessoas voltem para casa e também tenham alimentos”, completou.
Correio do Povo