Falta de oxigenação da água é a causa apontada para a mortandade.
Ao menos cem peixes mortos foram recolhidos na manhã desta quarta-feira (14) no Lago do Braço Morto, em Imbé.
Ao longo do dia, mais animais foram coletados.
A falta de oxigenação é a principal hipótese levantada pela prefeitura do município no Litoral Norte para explicar a mortandade.
As principais espécies atingidas são tainha, lambari e camarão pitu.
Conforme a secretária-adjunta de Meio Ambiente, Pesca, Proteção Animal e Agricultura de Imbé, Nélida Pereira, o mesmo problema foi registrado em fevereiro do ano passado.
A falta de oxigenação teria ligação com diferentes fatores: o calor do últimos dias, que eleva a temperatura da água, a falta de chuva, que diminuiu a água acumulada no lago, e o choque térmico que os animais sofrem ao entrar no canal de drenagem.
A situação será investigada. Conforme Nélida, a prefeitura irá acionar o Centro de Estudos Costeiros, Limnológicos e Marinhos da UFRGS (Ceclimar) para análise da água.
Pela manhã, moradores tentaram reverter a situação com os pedalinhos disponíveis para aluguel no lago. O objetivo era que o pedalinho, ao movimentar a água, auxiliasse na oxigenação.
— Vi vários peixes por cima da água. Não se sabe se é oxigênio que faltou, ou algo poluiu a água — conta Ivan de Souza Rosa, de 64 anos, morador da região que chegou ao lago pela manhã.
De acordo com a prefeitura, a expectativa é de que a chuva de terça-feira (13) e a temperatura mais amena contribuam para a normalização no lago. Mesmo assim, o Executivo avalia a instalação de aeradores.
Pesca e consumo não são indicados
O consumo dos animais mortos não é recomendado.
Mesmo assim, pessoas faziam o recolhimento dos peixes – alguns de mais de 50 centímetros de comprimento – no começo da tarde para alimentação.
A pesca, prática comum no lago, também deve ser evitada até a resolução do problema, de acordo com o Executivo local.
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