Casal de idosos do Bonfim realizou a primeira adoção da 2ª Feira de Adoção Responsável de Cães e Gatos, neste sábado na Capital.
Número 119. Por questão de organização, o cão macho de porte pequeno para médio, de pelagem branca com manchas pretas, jeito manso e cerca de 6 anos, tinha esse “nome” provisório no abrigo do Bem Estar Animal da prefeitura. Depois de passar anos vivendo na rua e mais de 70 dias em um cercado no abrigo, o cão 119 agora terá uma nova vida pela frente, ao lado do casal de idosos do bairro Bonfim, em Porto Alegre, Ricardo Ramos Baldi e Vera Lúcia Eberle Baldi.
Quis o destino que ele fosse o primeiro animal adotado na manhã deste sábado, na 2ª Feira de Adoção Responsável de Cães e Gatos, organizada pelo Governo do Estado em parceira com a Operação Taquari 2 no Parque da Redenção. Entretanto, Vera Lúcia garante que, na prática, ocorrerá justamente o contrário: é o cão, que ainda não teve o nome definido, que vai mudar a vida do casal. “Ele vai fazer muita diferença na nossa vida. A gente veio mais cedo com a intenção clara de adotar um cachorrinho e levá-lo para nossa casa. Ainda não pensamos no nome, mas nossos filhos vão nos ajudar a definir”, afirmou Vera Lúcia.
A feira segue neste domingo. Segundo o comandante do 3º Regimento Osório, o coronel Ederson Sasso, mais de 200 animais foram adotados na primeira edição da feira e a expectativa é que o número pudesse ser ainda maior neste final de semana. O Exército Brasileiro, através do regimento, está ajudando no mutirão com suporte de logística, estrutura e veterinários.
Sasso também destacou o empenho das Forças Armadas no transporte de animais resgatados da enchente para serem adotados em outros estados. Nesta semana, cerca de 60 animais foram transportados para o Rio de Janeiro e, nos próximos dias, há a previsão de um novo embarque com até 100 animais para o Piauí. No Rio Grande do Sul, a expectativa da Operação Taquari 2 é de que sejam realizadas mais duas edições da feira de adoção no Parque da Redenção, em Porto Alegre.
“O Regimento Osório está empenhado nesta grande parceria em prol da causa animal. Estamos todos, unidos, buscando atingir o nosso objetivo que é a adoção de um grande número de animais. Foram mais de 30 barracas montadas com o efetivo de aproximadamente 50 militares prestando o apoio logístico para a feira e buscando um novo lar para esses animais”, reforçou.
Conforme a coordenadora do Gabinete de Resposta à Fauna do RS, ligado à Secretaria do Meio Ambiente e Infraestrutura (Sema), Amanda Munari, todos os animais à disposição foram resgatados da enchente em Canoas. Além disso, todos eles passaram por um processo de castração, microhipagem e vacinação antes de ficarem à espera de um tutor. Durante a adoção, os interessados ainda passam por uma entrevista, um cadastro e recebem orientações de veterinários sobre a adoção.
“Tivemos cerca de 20 mil animais resgatados e já reduzimos esse número pela metade. Agora, são cerca de 10 mil disponíveis para adoção. Além das nossas feiras, os interessados estão procurando diretamente nos abrigos e também através da Arcanimal, que o estado adotou como plataforma oficial para quem quiser adotar. As orientações também são importantes, pois os animais também são vítimas da enchente e ficaram um pouco estressados. Então os veterinários passam para as pessoas que é preciso ter uma rotina de passeio, de alimentação para o animal se acostumar”, falou.
FEIRA DE ADOÇÃO DE ANIMAIS RESGATADOS NAS ENCHENTES.
Fotos: Mauro Schaefer
Correio do Povo
