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Aumento da cesta básica pressiona orçamento familiar e afeta economia local

Por: Portal Serra e Litoral

Crédito Freepik

A alta nos preços dos alimentos essenciais tem imposto novos desafios ao orçamento das famílias brasileiras, em especial àquelas de menor renda.

O encarecimento da cesta básica, que concentra produtos de consumo diário, vem impactando diretamente a alimentação, o consumo e a dinâmica do comércio local.

Segundo levantamento do Dieese, junho fechou com alta em seis capitais, entre as quais Porto Alegre teve a maior alta, com variação de 1,50%: o custo da cesta chegou a R$ 831,37 na capital gaúcha.

Para Joaquim Barbosa Pereira, docente de Ciências Contábeis da Estácio Porto Alegre, as consequências desse cenário são sentidas com mais força pelas famílias mais vulneráveis. “Uma das consequências é a redução no consumo ou a substituição de itens por outros mais baratos, geralmente de menor qualidade. Muitas famílias acabam cortando até itens de necessidade básica, comprometendo a qualidade de vida”, observa.

Esse comportamento afeta também o pequeno comércio, que depende da movimentação das famílias do entorno. Pereira aponta que os comerciantes precisam reduzir margens já apertadas e competir com os grandes atacadistas, os chamados “atacarejos”, o que compromete ainda mais sua sustentabilidade.

Sem conseguir repassar os aumentos de forma proporcional, esses estabelecimentos acabam vendo suas vendas caírem.

Os reflexos se espalham por outros setores da economia, como lazer, cultura, vestuário e calçados, que costumam ser os primeiros a serem deixados de lado quando o orçamento aperta. Essa percepção de perda é cada vez mais evidente no dia a dia, já que com a mesma renda, compram-se menos itens. Isso leva a escolhas mais racionais e seletivas, focadas no essencial.

Entre os motivos que explicam esse aumento, está a forte demanda internacional por grãos como arroz, milho, feijão e soja, somada à valorização do dólar, que favorece as exportações.

“Com isso, os produtores priorizam o mercado externo e a oferta interna diminui. A ‘mão invisível do mercado’, como diria Adam Smith, acaba atuando: menor oferta, maior procura, preços em alta”, avalia o professor.

Para conter a inflação, o governo tem apostado na elevação da taxa de juros. No entanto, Pereira alerta para os impactos dessa medida.

Ele aponta que juros mais altos encarecem o crédito e desestimulam tanto o consumo quanto os investimentos produtivos.

Nesse contexto, o planejamento financeiro torna-se ainda mais necessário. “O controle dos gastos e a definição de prioridades são fundamentais para todas as famílias, especialmente em momentos como este. Sem organização, o risco de endividamento cresce e compromete não só a renda atual, mas também a futura”, finaliza.

 

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