Só nesta sexta-feira (13), em todo o estado, dez aeronaves foram mobilizadas para combater os incêndios.
Um trabalho arriscado, que exige habilidade.
As equipes de reportagem do Jornal Nacional registraram nesta sexta-feira (13) o trabalho incansável e dramático dos bombeiros contra incêndios na capital e no interior de São Paulo.
O helicóptero da PM pairava por alguns segundos para conseguir encher o cesto com a maior quantidade de água possível.
Na tarde desta sexta-feira (13), em dez minutos, o Globocop registrou cinco viagens das aeronaves da PM.
Essa operação, que se repetiu por horas, retrata o desafio que os bombeiros de São Paulo vêm enfrentando nos últimos dias.
De uma só vez, 500 litros de água são despejados sobre as chamas, mas elas persistem.
O incêndio, que começou na mata, se alastrou rapidamente para perto das casas. Até chegar ao lado de um posto de combustíveis.
Durante quase 40 minutos, as chamas e a fumaça densa e escura só aumentavam.
Os vizinhos contam que ficaram com medo.
“Passou a noite todinha com esses focos e hoje, porque está muito quente, pegou fogo. Assusta”, diz o borracheiro Júlio Pereira da Silva.
Em meia hora, o incêndio estava controlado.
O fogo chegou muito perto de uma área crítica do posto, inclusive com risco de explosão, como diz a placa.
É que embaixo ficam os tanques de etanol e, na frente, o de gasolina comum.
As chamas chegaram pelos fundos e atingiram um depósito onde havia produtos químicos e óleo lubrificante, além de um compressor de ar que ficou completamente destruído.
Dá para ter uma ideia da altura em que as chamas chegaram vendo que elas destruíram os dutos do ar-condicionado, que estão a mais de três metros de altura.
Em Várzea Paulista, a 62 km de São Paulo, um incêndio destrói, há três dias, a Serra do Mursa.
Outras duas cidades da região estão em alerta. Os helicópteros também são fundamentais.
Só nesta sexta-feira (13), em todo o estado, dez aeronaves foram mobilizadas para o combate aos incêndios.
“Essa é a melhor ferramenta para aqueles incêndios especiais em que a gente não consegue o combate direto. A gente utilizou os helicópteros de asa rotativa para chegar de forma pontual, jogar água e extinguir o incêndio”, afirma Henguel Ricardo Pereira, coordenador estadual de Proteção e Defesa Civil de São Paulo.
SP contra o fogo: na capital e no interior, aviões e helicópteros se revezam no combate às chamas — Foto: Jornal Nacional/ Reprodução
Um trabalho arriscado, que exige habilidade.
“A gente tem que ter uma certa preocupação com a questão da altitude, com a temperatura e com a fumaça. A gente procura não passar tão devagar para o deslocamento de ar não gerar mais fogo ainda, mas também não passar tão rápido para que seja apenas uma garoa. A gente procura sempre passar de maneira rápida, mas pontual em cima do fogo”, explica o capitão Rafael Correa, comandante do helicóptero Águia da PM SP.
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