O novo local onde o animal está foi isolado e ele segue sendo acompanhado pelas autoridades ambientais.
O elefante-marinho que descansa na Praia do Cassino, em Rio Grande, no sul do Estado, passou a última noite no mar. O animal foi para a água por volta das 17h20min de terça-feira (6) e reapareceu na manhã desta quarta-feira (7), em outro ponto da orla.
O animal, que antes estava próximo aos molhes da barra, agora está perto da Estátua de Iemanjá. A distância entre os dois pontos é de aproximadamente seis quilômetros.
Ele está sendo monitorado pelo Centro de Recuperação de Animais Marinhos (Cram) e pelo Núcleo de Educação e Monitoramento Ambiental (Nema), ambos órgãos da Universidade Federal do Rio Grande (Furg), desde o dia 16 de janeiro. O isolamento do primeiro local foi desmontado no final da tarde de terça, e remontado no novo ponto na manhã desta quarta.
Ainda que o ponto de monitoramento tenha sido desfeito, o Cram não descartava a possibilidade de o animal retornar para a orla, o que de fato aconteceu.
Trata-se de um macho, jovem, de aproximadamente três metros de comprimento e cerca de 800 quilos. De acordo com o Cram, o animal estava na região para descansar e para fazer o processo de mudança de pelo. Quando ele chegou ao local, a sua cor era mais acinzentada, enquanto nos últimos dias ele ficou com a tonalidade mais próxima do bege/marrom.
Os biólogos marcaram o animal com as iniciais MO (Museu Oceanográfico), o que facilitará a identificação caso ele retorne ao ponto onde passou 19 dias. A marcação foi feita no dorso.
Atração
Durante o período em que o elefante-marinho ficou descansando na orla da Praia do Cassino, ele foi um atrativo para veranistas, turistas e moradores da região. Diversas pessoas iam até o local para tirar fotos e apreciar a presença ilustre do animal.
A espécie não costuma realizar esse tipo de processo natural na região, mas como a Praia do Cassino tem ambiente semelhante ao da Patagônia — onde o animal geralmente faz a troca de pelo — o local foi considerado favorável para o descanso.
Durante o período, o Cram e o Nema fizeram o isolamento do local para evitar que as pessoas incomodassem e estressassem o animal.
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