O Instituto do Meio Ambiente (IMA) divulgou nesta sexta-feira (22) um relatório sobre a balneabilidade da Praia Central de Balneário Camboriú.
Pela terceira semana consecutiva, a praia de BC foi classificada como 100% imprópria para banho, afetando a imagem turística da região.
Os dados revelam que o ponto mais crítico está localizado na Barra Sul, próximo à Rua 4900, onde foram detectadas 14.136 bactérias escherichia coli por 100 mililitros de água.
Esse número está muito acima do limite aceitável de 800.
Apenas os dois extremos norte da Praia Central, próximos à saída do Rio Marambaia e na Rua 1001, apresentaram contagens de coliformes dentro dos parâmetros permitidos.
A vice-presidente do Convention & Visitors Bureau, Margot Libório, expressou preocupação
com a situação, classificando a balneabilidade como o “calcanhar de Aquiles” de Balneário Camboriú.
Ela enfatizou que a cidade tem outras praias certificadas e destacou a importância de resolver esse problema para maximizar o potencial turístico da região. Apesar de Balneário Camboriú possuir uma ampla cobertura de rede de esgoto, atingindo cerca de 98% do município, o problema na praia de BC persiste.
A Empresa Municipal de Água e Saneamento (Emasa) identificou três fatores principais para a contaminação: a chuva, a falta de saneamento em municípios vizinhos e problemas no sistema de tratamento local. Há divergências sobre as causas do aumento da contaminação.
Enquanto algumas fontes apontam que o alargamento da Praia Central pode ter contribuído
para a piora da balneabilidade, a prefeitura rejeita essa hipótese.
A preocupação com a qualidade da água é evidente, e esforços estão sendo feitos, incluindo uma obra emergencial de R$ 4 milhões para melhorar o sistema de tratamento.
Contudo, a questão permanece complexa, envolvendo diversos fatores ambientais e de infraestrutura que precisam ser abordados de maneira integrada para solucionar o problema e garantir a segurança dos banhistas.
michelteixeira.com.br
