eaa7faff-b9ed-4d93-81d4-118a6e8416b5

Abril Azul reforça importância do diagnóstico precoce do TEA e da inclusão de pessoas autistas

Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), aproximadamente 1 em cada 160 crianças no mundo está dentro do Transtorno do Espectro do Autismo (TEA).

Embora o Brasil ainda não disponha de dados oficiais precisos sobre a prevalência do TEA, estimativas baseadas em estudos internacionais sugerem que aproximadamente 2 milhões de brasileiros possam estar no espectro.

Inclusive, o Censo Demográfico de 2022, conduzido pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), incluiu pela primeira vez uma questão específica sobre o diagnóstico de autismo, visando mapear com maior precisão a população autista no país.

Diante desse cenário, a campanha Abril Azul surge como um momento essencial para conscientizar a sociedade sobre o TEA, promovendo informação e incentivando o diagnóstico precoce, fundamental para garantir suporte adequado e qualidade de vida.

O TEA é uma condição neurológica caracterizada, principalmente, por dificuldades na comunicação e interação social, além de padrões de comportamento repetitivos e interesses restritos.

INFORME PUBLICITÁRIO


 

 


 

Conforme o professor de Psicologia da Estácio Porto Alegre, Mateus Cunda, o transtorno se manifesta em diferentes graus de intensidade e varia conforme o contexto social e o suporte recebido. “Os sintomas podem ser percebidos desde os primeiros anos de vida, especialmente entre 12 e 24 meses, mas, em alguns casos, o diagnóstico só ocorre na vida adulta, quando a pessoa tem acesso a uma avaliação especializada e passa a compreender os desafios que enfrentou ao longo da vida”, explica.

A obtenção de um diagnóstico adequado permite que a pessoa com TEA tenha acesso a intervenções terapêuticas que favorecem seu desenvolvimento.

Estudos apontam que o acompanhamento precoce, realizado no período de maior neuroplasticidade cerebral, pode trazer avanços significativos nas habilidades sociais, comunicacionais e emocionais. “Cada caso é único. Por isso, o suporte deve ser adequado às necessidades individuais, garantindo autonomia e qualidade de vida”, destaca Cunda.

Apesar dos avanços na compreensão sobre o TEA, o acesso ao diagnóstico e ao acompanhamento especializado ainda enfrenta desafios no Brasil.

Segundo um levantamento da Rede de Atenção Psicossocial (RAPS), a falta de profissionais capacitados e a demora no atendimento são alguns dos principais entraves. Para as famílias, o desafio inclui encontrar avaliações de qualidade e garantir que as intervenções sejam adequadas ao nível de apoio necessário para cada indivíduo.

A legislação brasileira avançou na garantia de direitos das pessoas autistas com a Lei Berenice Piana (12.764/2012), que reconhece o TEA como uma deficiência, assegurando o acesso a serviços de saúde, educação e inclusão no mercado de trabalho.

No entanto, a efetivação desses direitos ainda depende da conscientização e da adaptação da sociedade.

Justamente por isso, o Abril Azul tem um papel fundamental ao ampliar a visibilidade sobre o TEA e combater o capacitismo. “As campanhas são essenciais para esclarecer a população, reduzindo preconceitos e garantindo que a inclusão das pessoas autistas ocorra de forma respeitosa em todos os espaços sociais”, enfatiza Cunda.

 

Usina de Notícias

Relacionados

Continue Lendo ...

Quer ficar por dentro sobre as principais notícias do Brasil e do mundo? Siga o Serra e Litoral nas principais redes sociais. Estamos no Twitter, Facebook, Instagram e YouTube. Tem também o nosso grupo do Telegram e Whatsapp.

Fonte de dados meteorológicos: 30 tage wettervorhersage

Receba as principais notícias do Portal Serra e Litoral no seu WhatsApp

Publicidade

Cabana para Locação
na Praia de Atlântida Sul

Gramado e Canela
voz
Logo Serra e Litoral
Osório na Web

@ Portal Serra e Litoral O Resumão de todos Todos os direitos reservados