IGP tem as confirmações, porém não divulgou os nomes.
Três das 10 vítimas do acidente aéreo ocorrido em Gramado, na região das Hortênsias, no dia 22 de dezembro, já foram identificadas pelo Instituto-Geral de Perícias (IGP), mas os nomes não foram revelados.
O processo de identificação dos corpos do empresário Luiz Cláudio Galeazzi e dos familiares vítimas da queda da aeronave ainda não tem prazo para ser concluído.
Nas três vítimas já com nomes confirmados foi possível o reconhecimento por meio de análise papiloscópica, comparando impressões digitais, restando dúvidas para a identificação de uma quarta vítima. Por conta da gravidade do impacto, sucedido de um incêndio, todos os 10 corpos acabaram desintegrados.
Para confirmar a identidade das demais vítimas, serão empregados exames de DNA e métodos como a comparação de arcadas dentárias.
Material genético de parentes das vítimas foi coletado durante a última semana, e agora será cruzado com fragmentos dos corpos. Por ser um número elevado de amostras, o IGP adotou o protocolo internacional para atendimento de desastres (Disaster Victims Identification) criado pela Organização Internacional de Polícia Criminal (Interpol).
Desta forma, a análise está sob responsabilidade de uma equipe especializada. Esta parte da perícia ocorre no Departamento Médico Legal (DML), em porto Alegre.
Conforme o IGP, todo o material biológico recolhido no local do acidente é, primeiro, comparado entre si, possibilitando que as amostras de cada pessoa sejam reunidas. Na fase seguinte são aplicados os métodos de identificação para a atribuição das identidades.
O acidente
Pilotada por Galeazzi, a aeronave, com mais 9 integrantes da família a bordo, decolou por volta das 9h15m de Canela e, em seguida, perdeu altitude e bateu na chaminé de um prédio, atingindo também uma casa, uma loja de móveis e uma pousada.
Além da morte de toda a tripulação, 17 pessoas em solo ficaram feridas. Essas vítimas precisaram de atendimento médico, a maioria delas por terem inalado fumaça.
Duas funcionárias da pousada atingida, mulheres de 51 e 56 anos, estão hospitalizadas em Porto Alegre desde o dia 22 de dezembro. Com queimaduras de 2º e 3º graus, o estado delas é considerado grave.
O Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos (Cenipa) segue analisando as causas do acidente, mas não definiu um prazo para finalizar os trabalhos.
A Defesa Civil de Gramado igualmente ainda não concluiu o levantamento dos danos materiais causados pela queda da aeronave. Responsável pelas investigações, o delegado Gustavo Barcellos, disse aguardar os laudos periciais para avançar na apuração e esclarecer as causas da queda da aeronave.
Correio do Povo