Superlua Azul: Fenômeno que ocorre a cada dois anos será visível em Porto Alegre nesta Segunda-feira

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Apesar do nome, Superlua Azul não tem coloração azulada. Tamanho e brilho do satélite natural aumentam com relação a outros períodos da Lua cheia. Ivan Pacheco / Agencia RBS

Apesar do nome, especialista explica que a Lua não será azul.

Evento astronômico indica a terceira vez em que o satélite natural da Terra estará na fase cheia em uma única estação do ano.

Dentro de um calendário recheado de fenômenos astronômicos (veja completo ao fim desta matéria), agosto traz a primeira Superlua de 2024.

Visível em todo o Brasil – exceto onde houver chuva ou nebulosidade –, a Lua Azul Sazonal, evento considerado raro, vai iluminar o céu, hoje, segunda-feira (19).

Cada ciclo lunar dura 29,5 dias, aproximadamente um mês. Habitualmente, um ano costuma ter 12 luas cheias.

No entanto, o ciclo lunar anual é completo em 354 dias, o que significa que a cada dois ou três anos uma estação é premiada com uma “Lua cheia” extra, para compensar os dias que sobram no calendário de 365/366 dias.

A Lua Azul Sazonal é um fenômeno raro, que ocorre uma vez dentro do período de dois ou três anos. O acontecimento indica a quarta vez em que a Lua está em sua fase cheia dentro da mesma estação do ano (primavera, verão, outono ou inverno) e a segunda Lua cheia dentro de um mesmo ciclo lunar.

Também conhecida como Superlua Azul, o nome está atrelado apenas à estação do ano (inverno) e o fenômeno não possui coloração azulada. O termo Superlua indica o perigeu, momento em que o satélite natural atinge a menor distância da Terra em seu movimento de rotação.

A média de distância entre a Lua e a Terra é de aproximadamente 384 mil quilômetros, mas durante o perigeu o distanciamento pode chegar a 356,5 mil quilômetros, explica Claudio Bevilacqua, físico do Observatório Astronômico da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS).

— Quando (a Lua) está nesse ponto (perigeu, há 356,5 mil quilômetros) o tamanho angular aumenta e parecerá um pouco mais do que o normal. Consequentemente, o brilho será maior — explica Bevilacqua.

Esta aproximação torna o brilho da Lua mais visível a partir da Terra, além do seu tamanho aumentar em 6,4% quando ocorre a Superlua.

 

Condições meteorológicas para ver a Superlua

A Superlua  será visível em todo o Brasil, algo que pode variar de acordo com as condições meteorológicas de cada região. Para que o fenômeno possa ser observado, o céu deve estar limpo ou com poucas nuvens.

Em Porto Alegre, a previsão da Climatempo aponta apenas 9% de chance de chuva, o que é um bom indicativo.

No entanto, a previsão é de céu com “muitas nuvens” durante a noite, o que poderia atrapalhar a observação da Superlua.

 

Melhor horário para ver a Superlua

A projeção ainda permite observar a Superlua no céu da Capital, em momentos em que a nebulosidade estiver mais baixa. Bevilacqua destaca que o melhor horário para olhar para o céu é no início da noite.

— Não existe um local específico para observar (a Superlua).  Apenas não ter obstáculos à frente. O melhor horário para observar é no início da noite, na direção Leste, sentido Litoral.

Calendário astronômico de agosto
Além da primeira Superlua, outros fenômenos astronômicos já ocorrem e ainda vão ocorrer em agosto. Diversas chuvas de meteoros marcaram o mês e algumas ainda são visíveis no céu, como a Perseidas – que teve início em 17 de julho e segue visível na constelação de Perseu até 24 de agosto.

Com a queda de cinco meteoros por hora, a Alpha Capricornídeos foi visível no céu da Terra até o dia 15 de agosto, enquanto os detritos deixados pelo cometa Swift-Tuttle podem ser observados até a próxima terça-feira (20).

Outra chuva de meteoros, a Delta Aquáridas começou no dia 12 de julho, com queda de 20 meteoros por hora e segue visível no céu até a próxima quarta-feira (23).

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Com ápice no dia 30 de julho, chuva de meteoros Delta Aquáridas ainda pode ser visível a partir da Terra até 23 de agosto. Observatório Heller&Jung / Divulgação

Para uma boa observação dos fenômenos, o ideal é encontrar um local elevado e pouco iluminado, longe da poluição.

Também é importante deixar os olhos se ajustarem à escuridão por alguns minutos, evitando o uso de aparelhos celulares.

Conjunções planetárias também foram observadas durante o mês.

A primeira ocorreu nos dias 5 e 6, quando a Lua se alinhou com Vênus e Mercúrio. Com uso de telescópios, Júpiter e Marte puderam ser observados juntos no dia 14.

 

Eventos astronômicos que ainda serão visíveis no mês:

  • Até dia 20: detritos do cometa Swift-Tuttle
  • Dia 21: conjunção da Lua com Saturno
  • Até dia 23: Dalta Aquáridas (chuva de meteoros)
  • Até dia 24: Persaides (chuva de meteoros)
  • Dias 27 e 28: alinhamento de Marte e Júpiter com a Lua

 

Fases da Lua em agosto

  • 04/08 às 08h13: Lua Nova
  • 12/08 às 12h18: Lua Quarto Crescente
  • 19/08 às 15h25: Lua Cheia (Lua Azul)
  • 26/08 às 06h26: Lua Quarto Minguante

 

*Produção: Lucas de Oliveira

 

gauchazh.clicrbs.com.br

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