Mais de 1,7 milhão pessoas já passaram pelo Parque Maurício Sirotsky Sobrinho, e ainda há muitas atrações para curtir na reta final do evento.

Mesmo com o tempo instável na manhã deste sábado (21), permeada por chuva e sol e com 23ºC de temperatura, o último fim de semana do Acampamento Farroupilha 2024 tem movimento crescente no Parque Maurício Sirotsky Sobrinho, em Porto Alegre. E o público deve aumentar ao longo do dia.

 

Por volta do meio-dia, a fumaça e o cheiro dos churrascos já se multiplicavam pelo parque, enquanto o público circulava e os piquetes e estabelecimentos já começavam a servir almoços. A pequena quantidade de barro no local, em decorrência da chuva intermitente, não atrapalhou os visitantes.

O casal João Sobrinho, 72 anos, e Loreci Oliveira, 70, veio cedo de Cachoeirinha, pilchado, para curtir a festa o dia todo. Chegaram por volta das 9h, assim que o evento começou.

Os dois compareceram praticamente todos os dias no Acampamento Farroupilha deste ano – com exceção da sexta-feira (20), devido à chuva.

— Hoje é cedo, e não tem hora para voltar. Hoje e amanhã que nós vamos estar aqui, os últimos dias — destaca João.

João e Loreci costumam passear pelo parque, observando e curtindo as atrações. O costelão e as danças são as partes preferidas do evento.

— Ali no gringo tem dança de tarde, a gente fica ali, almoça e já aproveita o baile — relata João.

Presença carimbada no evento, o casal elogiou a organização desta edição.

— Maravilhoso, nem parece que passou por aquela tragédia (da enchente de maio). Foi muito bom, muito ligeiro tudo. Ficou melhor do que antes — opina Loreci.

Como o churrasco não tem hora para acontecer no Acampamento Farroupilha, às 9h o piquete Espora de Prata já estava com o fogo aceso e com costelão, vazio, salsichão, frango e porco na brasa.

Uma turma de cerca de 40 pessoas do bar Amigos do Boteco, de Gravataí, chegou cedo – e trouxe até café – para aproveitar o dia, que já começou animado, com música e dança, como fazem há sete anos no acampamento.

A ideia do grupo é curtir a festa, beliscando alguns lanches, sem preocupação com o almoço, que deve ficar pronto por volta das 14h30min.

— São amigos e família. Viemos de ônibus, alugamos o ônibus, cada um divide um pedacinho aqui, a carne ali. O piquete não está cobrando nada para usufruir do estabelecimento. Está show de bola — conta o já tradicional assador do grupo, Eloir Martens, 55.

Até o momento, 1,7 milhão pessoas já passaram pelo evento na Capital – a estimativa da organização é de 2 milhões de visitantes no total, ultrapassando a maior marca registrada pela concessionária do parque, GAM3 Parks: 1,5 milhão de pessoas em 2022.

Atrações

Ainda há atrações para curtir na reta final do evento: neste sábado (21), o Guri de Uruguaiana sobe ao palco Jayme Caetano Braun, às 13h, para arrancar risadas do público com seus causos.

Além disso, neste ano, ocorre a 1ª edição do Pôr do Sol da Canção Piá, festival de música nativista infantojuvenil. A iniciativa recebeu inscrições de todo o Brasil e selecionou 16 cantores e cantoras que apresentarão seus trabalhos. A atividade ocorre às 14h50min, no palco Nico Fagundes.

E, é claro, ainda dá tempo de prosear e apreciar um bom churrasco. Há várias opções no evento, desde pratos com costelão e maionese até hambúrguer ou baguete de costela.

A família Anceski veio, justamente, aproveitar o churrasco, além de caminhar pelo parque e curtir a tarde. Clerverson Anceski, 47, projetista elétrico, e a companheira, Aline Dubina, 44, secretária, estavam acompanhados dos pais de Clerverson, que vêm de Bento Gonçalves para visitar o filho em Canoas e passear no evento há pelo menos quatro anos.

— Comer churrasquinho, costelão, que deve ter um monte por aí — adianta Adilio Anceski, 70, aposentado.

Os Anceski também elogiaram as novidades desta edição, como as melhorias na sinalização.

— Bem legal, um pouco mais organizado do que os outros anos, mais centralizado. O acampamento está bem mais legal esse ano — relata Cleverson, que frequenta o evento há 10 anos.

— Tem de pensar em cada ano melhorar, pôr alguma coisa diferente, fazer diferente, porque as pessoas não querem sempre a mesma coisa — acrescenta Cecília Anceski, 68, aposentada.

gauchazh.clicrbs.com.br

Portal Serra e Litoral - O Resumão de todos