Neste domingo (22), manifestantes realizaram um protesto contra a retomada das obras que visam o despejo de esgoto tratado no rio Tramandaí.
A movimentação foi impulsionada pela decisão do Tribunal de Justiça do Estado (TJRS) que reverteu uma liminar judicial, permitindo que a Companhia Riograndense de Saneamento (Corsan) retomasse as atividades.
Os trabalhos haviam sido temporariamente suspensos por preocupações ambientais.
Aproveitando o intenso fluxo de veículos devido ao feriado prolongado, o protesto ocorreu na Estrada do Mar, e na ponte de Atlântida Sul, ponto de início do despejo.
Os críticos apontam a falta de um Estudo de Impacto Ambiental (EIA) detalhado, além da ausência de consultas prévias às comunidades afetadas, como os principais pontos de contestação. As acusações se estendem à Fundação Estadual de Proteção Ambiental (Fepam), que teria concedido a licença com base em dados incompletos.
Os moradores e ambientalistas sugerem soluções mais seguras e viáveis, como a construção de emissários submarinos para transportar os efluentes para áreas de mar aberto, evitando o descarte em áreas costeiras e fluviais.
Outra proposta seria a implementação de sistemas de monitoramento e fiscalização em tempo real, assegurando transparência e preservação do meio ambiente.
As manifestações contaram com o apoio de diversas organizações. O Movimento de Luta pela Vida no Litoral Norte (MOVLN/RS) já reuniu cerca de 15 mil assinaturas em uma petição online contra o projeto, disponível na plataforma Change.org, sob o título “Esgoto no Tramandaí, Não!”.
Mesmo com a decisão judicial favorável à continuação das obras, a comunidade promete manter a pressão e reivindicar soluções mais sustentáveis.
Lucas Filho