Ford Ka branco foi usado por atiradores no crime.
Horas depois da chacina que vitimou cinco pessoas em Cidreira, no Litoral Norte, integrantes da Polícia Civil e da Brigada Militar concederam entrevista coletiva sobre o caso na manhã desta quinta-feira.
Os delegados Sabrina Defente e Antônio Carlos Ractz Júnior relataram que dois dos quatro homens suspeitos de terem realizado a chacina já foram identificados. Os indivíduos, no entanto, ainda não foram presos.
Conforme Ractz Júnior, os criminosos chegaram ao primeiro endereço em um Ford Ka branco. No local, atiraram contra pelo menos duas pessoas, sendo que uma morreu e outra ficou ferida.
Em seguida, atearam fogo nas casas do terreno. A Polícia Civil trabalha com a ideia de que os dois homens que foram encontrados carbonizados foram baleados antes do incêndio. O trabalho do Instituto Geral de Perícia (IGP) poderá confirmar a hipótese.
A principal linha de investigação da Polícia Civil é uma suposta relação das mortes com o tráfico de drogas. Apesar disso, outras frentes também são trabalhadas para elucidar o caso.
Delegado Ractz disse que acredita que inocentes foram mortos. “Eles não estavam no lugar errado e nem na hora errada. Eles estavam trabalhando. Quem fez errado foram os criminosos que assassinaram estas pessoas”, disse.
Conforme a delegada Sabrina Defente, os dois crimes ocorreram em reciclagens e a maioria das vítimas não tinha envolvimento com o crime organizado. Duas pessoas foram feridas, uma em cada endereço. Um deles já recebeu alta e o outro segue hospitalizado, mas sem risco de morte.
Coronel Ney Humberto Medeiros destacou que a BM vem te avaliando preventivamente, de forma ostensivo, no combate ao crime organizado.
Ontem mesmo, dois homens foram presos em uma ocorrência anterior, que também teve apreensão de diversas armas. A princípio, os dois casos não têm relação.
Correio do Povo