O riso costuma ser associado à leveza dos momentos felizes e à espontaneidade da vida cotidiana.

No entanto, a ciência e a psicologia têm mostrado que rir é muito mais do que um gesto de diversão: é um ato profundamente humano, com efeitos diretos na saúde mental, física e nas relações sociais.

Segundo Greice Carvalho, coordenadora do curso de Psicologia da Estácio, o riso provoca uma verdadeira reação em cadeia no organismo. “Quando rimos, o corpo libera endorfinas, serotonina e dopamina, os hormônios do bem-estar. Essas substâncias reduzem os níveis de cortisol, o hormônio do estresse, promovendo relaxamento muscular e fortalecendo o sistema imunológico”, explica. Ou seja, rir contribui de forma concreta para o equilíbrio emocional e para o fortalecimento do corpo.

Mas os benefícios vão além do físico. Rir cria pausas simbólicas nas tensões diárias, alivia a mente e ajuda o cérebro a reorganizar emoções. “Na psicologia, entendemos que corpo e mente são uma unidade. Falar de bem-estar é falar de emoções, cuidar da saúde emocional é, também, cuidar do corpo”, reforça Greice.

O riso também tem um papel essencial nas relações humanas. Rir junto é um ato de conexão: aproxima, desperta empatia e confiança.

Em um contexto de interações cada vez mais digitais, o riso compartilhado se torna um antídoto contra o isolamento, lembrando-nos da importância dos vínculos e da presença.

Greice destaca que nos últimos anos, práticas como a terapia do riso e dinâmicas em grupo vêm ganhando espaço justamente por ajudarem a reduzir o estresse e a melhorar o clima emocional em ambientes de trabalho e convivência.

Mais do que um escape, o riso pode ser um recurso de enfrentamento, um modo de lidar com as dificuldades sem negar a realidade.

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