Governo do Rio Grande do Sul intensifica estratégias de vacinação contra a gripe, Covid-19 e dengue

Outras 27 vacinas que integram os Calendários Nacionais de Vacinação 2024 também fazem parte da ação.Foto: Reprodução

Em razão da chegada do inverno e das condições decorrentes das enchentes, o governo do Rio Grande do Sul reforçou as estratégias de vacinação contra a dengue e doenças respiratórias, como a gripe (influenza) e a Covid-19.

Além desses imunizantes, a ação abrangerá uma lista de 27 vacinas que integram os Calendários Nacionais de Vacinação 2024.

Segundo a diretora do Centro Estadual de Vigilância em Saúde, Tani Ranieri, a iniciativa visa estimular a população a se imunizar, ampliando a cobertura vacinal e a proteção contra diversas doenças e suas complicações.

“No Rio Grande do Sul, assim como em todo o país, vem diminuindo a adesão da população às vacinas que compõem os calendários vacinais, além das vacinas ofertadas em estratégias de campanhas nacionais de vacinação, como a da influenza. Com as baixas coberturas vacinais e a situação atípica que estamos vivendo em função da calamidade pública, é fundamental estimular as pessoas a se vacinarem. A vacina é segura e eficaz”, afirmou.

Em relação às doenças respiratórias, que apresentam maior incidência nesta época do ano, a preocupação é com as baixas temperaturas e situações ocasionadas pelo estado de calamidade pública no Estado.

O confinamento aumenta o contágio entre as pessoas, e uma das medidas de proteção para as doenças imunopreveníveis é a vacinação.

No caso da dengue, embora a taxa de transmissão seja mais alta no verão, os riscos persistem no inverno.

Além disso, em razão das inundações que atingiram o Estado, tem ocorrido o acúmulo de entulhos, que podem se tornar depósitos de água e possíveis criadouros do mosquito transmissor, o Aedes aegypti.

Até o momento, já foram aplicadas no Estado, em 2024, mais de 2,57 milhões de doses contra a influenza.

 

A cobertura vacinal chegou a 45,37%.

A meta preconizada pelo Ministério da Saúde é vacinar 90% dos grupos prioritários compostos por crianças, gestantes, puérperas, idosos com 60 anos ou mais e povos indígenas vivendo em terras indígenas.

A vacinação contra a dengue no Estado começou em maio e, até o balanço mais recente, realizado em 24 de junho, mais de 50 mil doses foram distribuídas e mais de 5 mil, aplicadas.

No caso da covid-19, os dados deste ano ainda não foram disponibilizados pelo PNI (Programa Nacional de Imunizações), pois as doses foram produzidas por uma nova fabricante.

 

Quem pode se vacinar

Gripe (influenza)

Todas as pessoas a partir dos seis meses de idade podem se vacinar contra a gripe.

As doses estão disponíveis em todas as unidades básicas de saúde no Estado.

Após os alagamentos, a Secretaria da Saúde (SES) realizou também uma força-tarefa de vacinação contra a influenza em abrigos que imunizou, entre 16 e 31 de maio, mais de 23 mil pessoas. As equipes continuarão realizando ações de imunização nesses locais.

 

Covid-19

Devem ser imunizados contra a covid-19 indivíduos não vacinados ou com esquema vacinal incompleto entre seis meses e quatro anos, 11 meses e 29 dias.

A vacina também contempla os seguintes grupos prioritários: pessoas de 60 anos ou mais; pessoas vivendo em instituições de longa permanência e seus trabalhadores; pessoas imunocomprometidas; pessoas com comorbidades; indígenas; ribeirinhos; quilombolas; gestantes e puérperas; pessoas com deficiência permanente; pessoas privadas de liberdade maiores de 18 anos; funcionários do sistema de privação de liberdade; adolescentes e jovens cumprindo medidas socioeducativas; e pessoas em situação de rua.

Excepcionalmente no Rio Grande do Sul, estão incluídos como grupos prioritários pessoas que se encontram em situação de abrigamento, socorristas profissionais e voluntários.

 

Dengue

Crianças e adolescentes de 10 a 14 anos devem tomar a vacina contra a dengue.

Conforme determinação do Ministério da Saúde, no momento, a vacina está disponível apenas em 67 municípios gaúchos, em quatro regiões do Estado: Alto Uruguai, Região Metropolitana, Vale do Rio Pardo e Vale do Sinos. Para ter proteção completa, são necessárias duas doses com intervalo de três meses entre elas.

 

Calendários nacionais de vacinação

De acordo com a SES (Secretaria Estadual da Saúde), é importante que as pessoas atualizem a caderneta de vacinação, recebendo, conforme a idade, todas as vacinas que fazem parte dos Calendários Nacionais de Vacinação definidos pelo Ministério da Saúde.

“Na hora de se vacinar, é importante que as pessoas levem a caderneta junto, para que seja feita uma revisão e a atualização dos esquemas vacinais. Queremos intensificar a adesão para todas as vacinas disponíveis. A vacinação elimina ou reduz drasticamente o risco de adoecimento ou de manifestações graves, que podem levar à internação e até mesmo ao óbito”, destacou Tani.

“A proteção não é só individual, mas também coletiva. A vacina tem como principal função gerar imunidade, contribuindo diretamente para o controle e eliminação de doenças provocadas por vírus ou bactérias. Quanto mais pessoas estão vacinadas, menor é a ocorrência de novos casos”, acrescentou.

Os calendários vacinais dos diferentes ciclos de vida contemplam 27 vacinas que protegem o indivíduo contra várias doenças, desde o nascimento.

 

osul.com.br

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