Alagamentos e a queda de um poste na Colônia Z3 foram os principais problemas registrados.
Durante a madrugada a chuva forte retornou a região, como já era previsto.
Segundo dados da Embrapa, a precipitação em Pelotas no primeiro dia do mês passa dos 82 milímetros.
O coordenador municipal da defesa civil Eduardo Tejada confirmou que até o início da manhã ocorreram alagamentos pontuais devido ao excesso de chuva e um poste caiu, o que acabou interrompendo a entrada principal da Colônia de Pescadores Z3.
Os alunos de escolas municipais que não tiveram aulas na última semana em função da chuva voltam a ter as atividades escolares suspensas nesta terça-feira.
A decisão foi tomada em função das intensas precipitações que atingem o município desde a madrugada.
A medida atinge 20 escolas da zona rural, devido ao consequente risco de cheias nos arroios que atravessam a região.
As Escolas Municipais de Ensino Fundamental Dom Francisco de Campos Barreto e Fernando Osório, além da Emei Lobo da Costa, também tiveram atividades suspensas nesta terça-feira.
Já na Emef Ferreira Viana, as aulas estão suspensas para alunos dos anos iniciais.
Na última semana o excesso de chuvas fez com que várias pessoas tivessem que sair de suas casas, principalmente nas regiões baixas da cidade, como a Vila Farroupilha. Somente nos dois abrigos do município chegaram a estar 44 pessoas, que com o recuo da água voltaram para as suas casas..
Em 2024, a cidade também enfrentou a cheia de maio e ao perceber o potencial das enchentes quanto a arrastar sedimentos contaminantes o aluno do curso de Tecnologia e Gestão Ambiental do Ifsul do Campus Pelotas, Luis Eduardo Tavares Martins, junto com o professor Leandro da Conceição Oliveira, elaboraram o projeto de ensino “Risco químico e microbiológico em água de enchente na região pesqueira de Pelotas/RS”.
Para o trabalho, que é usado para a conclusão do curso do estudante, avaliou-se os níveis de contaminação, a partir de coletas de amostras de água na Colônia Z3 em 27 de julho e 17 de agosto e também no Pontal da Barra.
A contaminação nos dois locais por Escherichia coli, bactéria presente em fezes de humanos e animais, que pode causar infecções por meio da ingestão da água contaminada, diminuiu com o passar do tempo, mas ainda é maior que o permitido para que a água seja própria para banho, Ao ter contato com as mucosas ou ocorrer ingestão de água ou alimento contaminado, a bactéria pode causar infecções gastrointestinais ou no trato urinário.
O projeto de ensino continuará investigando a presença de contaminantes químicos e microbiológicos nas águas e na areia, a longo prazo.
Correio do Povo