A antiga rodoviária de Osório, é o abrigo temporário de Sônia Regina Correia, de 57 anos.
Natural de Novo Hamburgo, Dona Sônia tem chamado a atenção dos moradores locais, que se sensibilizaram com sua situação.
Com diversas malas que guardam seus pertences, ela passa os dias e noites nos bancos da rodoviária, enfrentando o clima, a insegurança e a precariedade.
Após receber dezenas de mensagens de moradores preocupados, nossa reportagem foi até o local para entender sua história. Inicialmente, Dona Sônia relutou em conversar e deixou claro que buscava apenas um pouco de paz.
Mas, com o tempo, abriu seu coração e revelou parte de sua trajetória.
Antes de se abrigar na rodoviária, Dona Sônia passou um longo período no Hospital São Vicente de Paulo, onde costumava ficar na área de emergência.
Eventualmente, conseguia realizar pequenos serviços como cuidadora, mas isso não foi suficiente para garantir sua permanência no local.
Agora, ela enfrenta as dificuldades de viver em um espaço público sem estrutura adequada.
“Eu não durmo bem, apenas tiro cochilos, e sinto o cansaço. Os olhos já estão doendo”, desabafou. Apesar das dificuldades, Dona Sônia alimenta o desejo de se reaproximar das filhas, que atualmente vivem em São Leopoldo e Novo Hamburgo, mas não quis dar mais detalhes sobre o que a levou a essa situação.
A secretária de Assistência Social de Osório, Luana Oliveira, já tomou conhecimento do caso e esteve pessoalmente com Dona Sônia. Segundo Luana, esforços estão sendo feitos para encontrar um local seguro onde ela possa ficar e recomeçar sua vida.
A secretaria conseguiu doações de itens essenciais, como uma cama e outros móveis básicos, para oferecer um pouco mais de dignidade à mulher.
Enquanto a assistência social trabalha em soluções, os moradores de Osório continuam se mobilizando para ajudar.
Lucas Filho