A campanha de vacinação contra a gripe na região do Litoral Norte Gaúcho terminou no dia 31 de maio com um saldo preocupante: apenas 48% da população alvo foi vacinada, muito abaixo do percentual ideal de 95%.
Apesar da cobertura vacinal da região estar acima da média estadual, a diferença ainda é significativa, conforme explicou Adriana Lopes Ens, coordenadora regional da vacinação da 18ª Coordenadoria Regional de Saúde, em entrevista à Jovem Pan.
Capivari do Sul lidera os índices de vacinação na região com 69% de cobertura, seguido por Arroio do Sal e Três Forquilhas, ambos com 56%.
Adriana Lopes destacou que esses municípios têm características que facilitam a vacinação, como menor densidade populacional e maior acesso aos serviços de saúde.
Contudo, nem todos os municípios menores apresentaram bons resultados. Terra de Areia, com características semelhantes, vacinou apenas 39% da população prioritária.
Tramandaí também registrou baixa adesão, com somente 39% de cobertura vacinal, enquanto Osório fechou a campanha com 48%, mesmo com estratégias de turno estendido e vacinação aos sábados na feira do produtor.
A coordenadora frisou que a vacina está disponível para todos os públicos enquanto houver doses, e fez um apelo enfático para que as pessoas se vacinem. “Essa vacina já é feita há anos, muito antes da COVID-19, e protege contra tipos graves da influenza. Faço um apelo principalmente para os pais das crianças e para os idosos”, disse Adriana.
A baixa cobertura vacinal na região pode ser atribuída a fatores excepcionais, como a enchente que atingiu o estado em maio. “Houve uma grande migração de pessoas ao Litoral Norte, o que aumentou a procura da vacina, números estes que não são computados para a região”, explicou Adriana.
A situação acende um alerta para as autoridades de saúde, que continuarão a vacinar enquanto houver doses disponíveis.
A meta é aumentar a cobertura e proteger a população contra as formas graves da gripe, especialmente em um cenário onde a movimentação populacional pode influenciar a disseminação do vírus.
A comunidade é incentivada a procurar os postos de Saúde.
Lucas Filho