Em depoimento, motorista de carreta que atingiu van de atletas afirma que acidente foi causado por falha mecânica

Segundo motorista, carreta apresentou problemas durante a viagem, antes ainda do acidente. Arquivo Pessoal / Arquivo Pessoal

Nove pessoas morreram depois que veículo de carga colidiu com a traseira do coletivo que transportava equipe de remo de volta a Pelotas, no sul do RS, após competição em São Paulo.

O motorista da carreta que atingiu a van que levava uma equipe de jovens remadores de Pelotas afirma que o acidente foi causado por falha mecânica no veículo que ele conduzia. Nicollas Otilio de Lima Pinto foi ouvido pela polícia por meio de chamada de vídeo nesta terça-feira (22).

O veículo de carga atingiu a traseira do coletivo em que estavam 10 pessoas — oito atletas do projeto Remar para o Futuro, com idades entre 15 e 20 anos, o treinador deles e o motorista —, na BR-376, no Paraná, na noite de domingo. O grupo voltava de uma competição em São Paulo. Após a colisão, a van capotou, saiu da pista e a carga da carreta acabou tombada sobre ela. Apenas um adolescente sobreviveu.

O depoimento do motorista durou cerca de uma hora, nesta terça-feira (22). O delegado Edgar Santana, da Delegacia de Delitos do Trânsito do Paraná, responsável pela investigação, concedeu entrevista coletiva à imprensa no fim da tarde, na qual afirmou que, pelo relato do condutor, a carreta apresentou problemas durante a viagem, antes ainda do acidente.

O motorista relata que chegou a contratar serviços de um mecânico em duas ocasiões. Ele saiu de Santos, no litoral paulista, com uma carga de peças de veículos, e tinha como destino a Argentina.

A carreta teria apresentado problemas principalmente na caixa de câmbio. A primeira parada do condutor por este motivo teria ocorrido perto de Curitiba, ainda no sábado. O veículo teria sido guinchado até o pátio de um posto de combustíveis. No domingo, um mecânico teria feito reparos, antes de o condutor seguir viagem.

Cerca de um quilômetro adiante, as falhas teriam se repetido e o mesmo mecânico teria sido novamente acionado para novo conserto. Mais uma vez, o motorista seguiu viagem. Logo depois, aconteceu a colisão com a van dos atletas de remo de Pelotas.

— Ele tentava engatar as marchas, e algumas marchas terminavam não encaixando. A partir daí, ocorreu a perda do controle do veículo, com excesso de velocidade, e na sequência o impacto na traseira da van — relatou o delegado Santana.

A polícia segue investigando o ocorrido. O mecânico que teria feito reparos na carreta será ouvido. A investigação também aguarda as imagens das câmeras da concessionária que administra a rodovia, que registraram o acidente. Laudos de perícia devem ajudar a confirmar ou negar a versão do motorista.

Segundo o delegado Edgar Santana, Pinto obteve a habilitação categoria E, que permite conduzir veículos de carga como a carreta, em março deste ano.

— O proprietário do caminhão também já foi ouvido na tarde de hoje (terça). Segundo ele, ele teria contratado de maneira informal o investigado, através de contrato oral […]. Seria a primeira viagem que o investigado estaria exercendo em favor do proprietário. Alegou ainda, durante o interrogatório, que todo problema mecânico que estava ocorrendo era reportado ao proprietário e este tomava as devidas providências, no sentido de encontrar o mecânico para o conserto no veículo — revelou o delegado.

Em nota, a defesa do motorista, Nicollas Otilio de Lima Pinto, também registra que no depoimento desta terça ele sustentou que um problema na carreta o impediu de reduzir marchas e utilizar o freio motor (que contém a aceleração de veículos pesados em trechos de declive).

“Dirigia de forma prudente e compatível com a velocidade da via, não havia ingerido bebidas alcoólicas, nem quaisquer substâncias entorpecentes”, afirma a manifestação, que reitera que o motorista segue à disposição das autoridades.

O delegado Edgar Santana voltou a dizer nesta terça que o condutor da carreta está sendo investigado por homicídio culposo — quando não há intenção.

 

Veja nota da defesa:

Nicollas Otilio de Lima Pinto, acompanhado do seu advogado Richard Noguera, apresentou-se por meio de chamada de vídeo perante o titular da Delegacia de Delitos de Trânsito de Curitiba – PR.

O motorista do caminhão explicou que o acidente foi ocasionado por uma falha mecânica que não permitiu que reduzisse as marchas, nem utilizasse o freio motor.

Dirigia de forma prudente e compatível com a velocidade da via, não havia ingerido bebidas alcoólicas, nem quaisquer substâncias entorpecentes.

Foi reiterado que ele e a sua Defesa estão à disposição da Autoridade Policial para o total esclarecimento dos fatos.

 

Como foi o acidente que matou adolescentes, treinador e motorista de equipe de remo de Pelotas

Polícia Rodoviária Federal afirma que carreta perdeu os freios e atingiu a van onde estavam os nove mortos.

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gauchazh.clicrbs.com.br

 

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