Trecho ampliado da orla foi quase todo tomado pelo público.
O último dia de 2023 foi incomum para o público que buscou a praia para descansar e se divertir em Capão da Canoa, no Litoral Norte.
O mar em ressaca fez os veranistas ocuparem o calçadão e as dunas neste domingo (31).
Na areia, algumas famílias que chegaram cedo na praia conseguiam ficar mais perto do mar. No entanto, sempre acompanhando a força das ondas.
— Ontem (30) estava bem pior. As ondas levavam as coisas. Fica bem desconfortável ficar aqui e tem muita sujeira também — comentou o empresário Marcos Maggi, de 37 anos, que veio de Ijuí com a família.
Muitos que não conseguiram espaço na areia foram para o calçadão.
O letreiro de Capão da Canoa ficou encoberto pelos guarda-sóis e os carrinhos dos vendedores de ambulantes.
A família Vignoshi aproveitava nas cadeiras de um dos quiosques colocadas nas proximidades da quadra de beach tennis. Conforme a executiva comercial Ricarda Vignoshi, a escolha pelo local foi também por precaução.
— É primeira vez em sete anos vindo para cá que vejo isso. Ontem, teve gente perdendo chinelo e caixas de som. Mas praia é praia. Eu moro em Caxias, aqui está ótimo — divertiu-se.
Para os vendedores, também está sendo um dia de vendas diferente. Natural de Minas Gerais, a vendedora de roupas Luciana Nunes Peixoto Cardoso, 30 anos, estava usando o trecho de caminhada do calçadão para oferecer seus produtos, já que na areia estava impraticável.
— Não está dando para trabalhar na areia, o mar está subindo muito e fica difícil. Aqui tem como ficar, mas não vende do mesmo jeito que na areia — ressaltou.
Dunas lotadas
Outra alternativa encontrada pelos veranistas para ficar na praia foi colocar o guarda-sol e as cadeiras nas dunas. Os espaços com predominância da areia eram os mais disputados.
Um pouco mais afastado da praia, já perto do calçadão, o casal Ivan Carlos, 54 anos, e Deize Novello, 42 anos, tentava aproveitar a manhã de sol.
— Hoje é o segundo dia que o mar está assim. Aqui não é muito agradável de ficar, mas é o espaço que encontramos. E tem a poluição sonora — lamentou Ivan Carlos, apontando para os carros que paravam no estacionamento do calçadão com o som alto.
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