Turismo Náutico Com R$ 12,6 bilhões do PIB do país, náutica pode crescer em 20 vezes
Com a confirmação do maior evento náutico outdoor da América Latina, o Rio Boat Show, de 28 de abril a 5 de maio, a vitrine que apresenta novidades em embarcações, produtos e serviços deve impulsionar o ‘turismo náutico”, segmento jovem no Brasil que se caracteriza pelos passeios e esportes em lanchas, veleiros, iates, jets e outros barcos do gênero. Hoje, ele representa apenas 0,12% do PIB do país.
Assim como o “turismo de cruzeiros” (em navios) que vem se destacando com projeção de injetar em torno de R$ 5 bilhões na economia nesta temporada, a lotação de barcos e visitantes em marinas brasileiras é exemplo de que este novo nicho pode surpreender. Também é o caso de circuitos náuticos turísticos e implantação de estruturas em diferentes estados, a exemplo do novo “ônibus aquático” em São Paulo. Com 1543 pessoas no Brasil por barco, um déficit de 55, 5 mil vagas em marinas, mas com impressionantes 60 mil km de vias navegáveis, há um potencial gigante a ser explorado.
Março, 2024 – Ao registrar recordes e projeção de faturar mais de R$ 485 bilhões em 2023, conforme dados da Confederação Nacional dos Bens, Serviços e Turismo (CNC), o turismo nacional deve ganhar novo impulso com a chegada “recente” de um novo segmento: o turismo náutico, que já vem se desenvolvendo com o volume de lanchas, iates e veleiros de passeio, cada vez mais expressivo pelas águas brasileiras. A indústria náutica do país, que já concentra grandes fabricantes nacionais e internacionais, já é modelo produtivo para o mundo e, por meio da implantação de novas estruturas, como píeres para atracação e lazer, marinas, além da promoção de eventos da indústria de barcos nacional, devem impulsionar o segmento que já gera em torno de 150 mil empregos diretos e indiretos, apenas no que se refere à área industrial, segundo a Associação Brasileira de Barcos e Seus Implementos (Acobar).
Durante a maior vitrine do turismo náutico da América Latina, o Rio Boat Show, com data recém confirmada para 28 de abril a 5 de maio, na Marina da Glória, no Rio de Janeiro, o público poderá conhecer embarcações, produtos e serviços náuticos que contribuirão para o desenvolvimento do mercado.
Com um litoral que tem mais de 8 mil km com lindas praias e, ao todo, 60 mil km de vias navegáveis, incluindo as interiores, o turismo náutico ainda é pouco explorado no Brasil. Caracterizado pela utilização de embarcações náuticas com a finalidade de movimentação turística, o segmento representa apenas 0,12% do PIB do país, R$ 12,6 bilhões do PIB nacional, nesse caso, sem incluir o turismo de cruzeiros.
Aliás, o “irmão mais próximo da náutica”: o ‘turismo de cruzeiros”, na temporada 2023/2024 deve injetar por volta de R$ 5 bilhões na economia e gerar mais de 80 mil empregos, apesar da escassez de estruturas para atracação, que é também o desafio da modalidade “turismo náutico”, que inclui o turismo de recreio e esportes em jets, lanchas, iates, veleiros e outras embarcações do gênero. Com 1543 pessoas no Brasil por barco e um déficit de 55, 5 mil vagas, há um potencial gigante a ser explorado, conforme estudo feito pela Acobar.
Mesmo assim, a indústria náutica fechou 2023 com faturamento de R$ 2,5 bilhões no que se refere à produção de barcos e seus implementos e recolheu mais de R$ 900 milhões em impostos. Apesar dos números, segundo especialistas, a contribuição do setor para a economia nacional pode ser até 20 vezes maior com o impulso do turismo náutico.
“O Brasil é um país tropical com dimensões continentais e opções de águas calmas para a navegação em toda sua extensão territorial. Um olhar mais atento por parte de governantes e investidores para o turismo náutico pode criar oportunidades e potencializar o setor além de aumentar a participação na geração de riquezas para o país em até 20 vezes nos próximos anos ou até mais, pelo enorme potencial náutico. Iniciativas como a do “ônibus aquático”, na Represa Billings, em São Paulo, é um exemplo de como às águas brasileiras podem ser exploradas e contribuir para o desenvolvimento da economia”, afirma Ernani Paciornik, presidente do Grupo Náutica e Boat Show Eventos, empresa que contribuiu na geração de mais de R$ 1,5 bilhão em negócios em feiras náuticas no ano passado no Brasil. O “ônibus aquático”, que deve ser inaugurado nos próximos meses, será o primeiro transporte coletivo aquático de São Paulo e vai fazer, em 30 minutos, a ligação entre duas áreas que por meio terrestre leva mais de 1h20.
Com o turismo atingindo números superiores ao período pré-pandêmico e dados que revelam que 55% dos brasileiros têm o desejo de viajar dentro do país neste ano, segundo estudo feito pela Brain Inteligência Estratégica, sobre expectativas da economia e pretensões de consumo, o cenário deve seguir positivo e pode até surpreender, especialmente por meio de ações que vêm sendo planejadas por meio de “fóruns náuticos” em várias regiões brasileiras, como é o caso dos estados de São Paulo, Paraná, Rio de Janeiro e Santa Catarina, para a implantação e estruturação de circuitos náuticos e desenvolvimento de infraestrutura, debatidos entre governantes em congressos durante as edições dos “boat shows”. Outro exemplo de ação viabilizada recentemente é o caso do Paraná, que ao entrar na rota dos cruzeiros por meio de Paranaguá, com 16 paradas entre dezembro/23 e março/24, o governo do estado projeta injetar R$ 20 milhões na economia.
Eventos náuticos impulsionam a náutica e o turismo no Brasil
Cerca de 70% de todas as negociações envolvendo embarcações e seus acessórios concretizados no Brasil são iniciadas em feiras náuticas, as quais, junto com estruturas e a indústria, têm papel significativo para a indução do turismo náutico. Em 2024, a primeira delas será realizada no Rio de Janeiro, de 28 de abril a 5 de maio. O Rio Boat Show é o maior evento outdoor do setor na América Latina.
“Neste momento em que o potencial de crescimento da indústria e do turismo náutico brasileiro estão cada vez mais evidentes, o Rio Boat Show se apresenta como um catalisador fundamental para reunir empresários, compradores, governantes e entusiastas, proporcionando não apenas oportunidades de negócios, mas também contribuindo para a consolidação do setor no cenário nacional. Estamos comprometidos em proporcionar um ambiente propício para negociações estratégicas e parcerias, impulsionando não apenas a economia do setor, mas também o prestígio internacional da náutica brasileira”, afirma a diretora geral da Boat Show Eventos (Grupo Náutica), Thalita Vicentini.
No ano passado, as quatro edições dos boat shows brasileiros atraíram um público de quase 100 mil pessoas e, para este ano, com a ampliação do cronograma de eventos que deve ser oficializado nos próximos meses, a projeção é que este número seja 20% maior, contribuindo também para o crescimento do turismo no Brasil.
SERVIÇO
Quando: De 28 de abril a 5 de maio
Onde: Marina da Glória, Rio de Janeiro/RJ
Horário: Segunda a sexta-feira, das 15h às 22h. Sábado e domingo, das 13h às 22h
Mais informações:https://rioboatshow.com.br/
Sobre o Grupo Náutica
Com mais de 40 anos de mercado, o Grupo Náutica traz soluções em infraestrutura, eventos e comunicação náutica. É formado pela Revista Náutica (https://www.nautica.com.br), pioneira e líder absoluta no setor; o Boat Show, mais importante salão náutico da América Latina com as edições de São Paulo, Itajaí, Rio de Janeiro e, agora, Foz do Iguaçu; a Metalu, maior fabricante de píeres e passarelas em alumínio do mundo. O grupo também se preocupa com as questões sociais e é detentora das ações “Só Jogue na Água o que Peixe pode Comer”, assinada pelo cartunista Ziraldo, e “Por Uma Cidade Navegável”, que busca a navegação em lugares inimagináveis, assim como desenvolve os principais Guias de Turismo Náutico do país.
Rotas Comunicação