Vítimas divulgadas nesta sexta-feira (1º) são de Novo Hamburgo, no Vale do Sinos, e Independência, no noroeste do Estado.
O Rio Grande do Sul confirmou, nesta sexta-feira (1º), mais duas mortes por dengue em 2024. Com estes, o Estado chega a 11 óbitos pela doença.
O RS já tem 10.387 casos diagnosticados em 466 dos 497 municípios gaúchos.
Segundo a Secretaria Estadual da Saúde (SES), uma das vítima é um homem de 69 anos, residente em Novo Hamburgo, no Vale do Sinos. Com comorbidades, ele faleceu em 23 de fevereiro.
O outro óbito é de uma mulher de 71 anos, moradora do município de Independência, noroeste gaúcho. Ela também tinha doenças pré-existentes e faleceu em 24 de fevereiro.
Todas as vítimas fatais no RS apresentavam outras doenças. A região noroeste registra o maior número de mortes em decorrência da dengue.
Três delas ocorreram no município de Tenente Portela, o segundo mais infestado do RS, com 1.408 contaminações confirmadas, segundo a SES.
Quanto ao sexo das vítimas no RS, há um equilíbrio, seis são homens e cinco mulheres. No entanto, em Tenente Portela, todos os casos são do sexo feminino, com idades de 64, 71 e 75 anos.
Além deste caso recente de Independência, na região noroeste, há, ainda, mortes em Cruz Alta (um homem de 63 anos) e Santa Rosa (uma mulher de 72 anos).
Com exceção do nono caso confirmado pela SES no ano, um homem de 59 anos, morador de Canoas, os óbitos restantes são de pessoas acima dos 60 anos. Em 2024, ainda há uma morte em Santa Cruz do Sul (Vale do Rio Pardo), uma em Lajeado (Vale do Taquari) e uma em Frederico Westphalen (Norte).
Óbitos em 2024 por data de confirmação pela SES
– 5 de fevereiro: mulher, 71 anos (Tenente Portela)
– 6 de fevereiro: homem, 65 anos (Santa Cruz do Sul)
– 9 de fevereiro: mulher, 71 anos (Santa Rosa)
– 19 de fevereiro: mulher, 64 anos (Tenente Portela)
– 20 de fevereiro: mulher, 75 anos (Tenente Portela)
– 21 de fevereiro: homem, 63 anos (Cruz Alta)
– 23 de fevereiro: homem, 76 anos (Lajeado)
– 26 de fevereiro: homem, 79 anos (Frederico Westphalen)
– 1º de março: homem, 59 anos (Canoas)
– 1º de março: homem, 69 anos (Novo Hamburgo)
-1º de março: mulher, 71 anos (Independência)
Mais de 1 milhão de casos no país
O Brasil ultrapassou a marca de 1 milhão de casos prováveis (clinicamente compatíveis mas ainda sem confirmação) de dengue em 2024, conforme dados do Painel de Monitoramento de Arboviroses do Ministério da Saúde.
Até o momento, foram registrados 1.017.278 casos e 214 mortes, com mais 687 óbitos em investigação. Do total de notificações, 450.707 são infecções confirmadas pelo governo federal.
Minas Gerais lidera em número absoluto de casos prováveis (362.624) entre os Estados, seguido de São Paulo (178.151), Distrito Federal (102.757) e Paraná (101.296), os únicos que passaram dos 100 mil casos até agora.
O Rio Grande do Sul aparece em 10º lugar, com 14.343 casos prováveis, segundo o ministério.
O coeficiente atual de incidência da dengue no país é de 501 casos prováveis para cada grupo de 100 mil habitantes. Neste quesito, o Distrito Federal aparece em primeiro lugar: 3.612,7 casos por 100 mil habitantes. Atrás, estão Minas Gerais (1.714), Espírito Santo (988,1) e Paraná (878,2). O RS está na 15ª posição, com 131,6.
Seis Estados (Acre, Goiás, Minas Gerais, Espírito Santo, Santa Catarina e Rio de Janeiro) e o Distrito Federal, além de 154 municípios, já decretaram situação de emergência por causa da doença.
Ainda sem vacina pelos SUS no RS
O Ministério da Saúde iniciou uma campanha de imunização contra a dengue mas, por conta da baixa oferta da vacina Qdenga, alguns Estados não receberam doses, caso do Rio Grande do Sul.
A aplicação do imunizante começou em fevereiro e é destinada para crianças e adolescentes de 10 aos 14 anos de 521 cidades selecionadas pelo Ministério da Saúde por terem maior carga da doença.
Estados estão escalonando a aplicação, iniciando pelos mais jovens.
A vacina foi aprovada pela Anvisa para todos, de quatro a 60 anos, independentemente de histórico de infecção prévia pela dengue. No Sistema Único de Saúde (SUS), porém, foi definido um público-alvo mais restrito devido ao quantitativo baixo de doses disponíveis em 2024.
No RS, a Qdenga chegou a ser oferecida em farmácia e clínicas, mas devido à procura, redes apresentaram falta do produto. A segunda dose para quem iniciou o ciclo vacinal é garantida pelo laboratório, que afirma estar priorizando a entrega de doses para o Ministério da Saúde.
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