Na manhã desta sexta-feira, nível da Lagoa dos Patos estava 1m57cm acima do normal; água avançou sobre áreas incomuns da cidade, causando estragos e desabrigando moradores.
A prefeitura de Rio Grande anunciou, no início da manhã desta sexta-feira (10), que a Lagoa dos Patos atingiu a marca de 2m37cm, o que fica 1m57cm acima do nível normal. Foi superada a maior cheia da história da cidade, de 1m25cm além do habitual, registrada em 1941.
O prefeito Fábio Branco estimou, nesta semana, baseado em estudos da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS), que a água poderá chegar a 1m70cm acima do normal.
A noite de quinta-feira (9) foi a de maior enchente na atual crise climática. A água subiu a partir do meio da tarde e invadiu zonas da cidade em que isso é absolutamente incomum para os moradores, como a Rua Senador Corrêa.
Na região residencial do Centro, a família de Rafael Arrieche teve de deixar o lar. Ele resistia usando um bombeador movido a gerador e a bateria para espirrar água de dentro da casa para a rua, mas isso não foi suficiente a partir de 18h30min. A água subiu cerca de um metro em uma hora. Arrieche teve de deixar o local já com água pelo peito. Ele foi para a casa da sogra e, na manhã desta sexta-feira, pretende voltar à residência para verificar os estragos. A prefeitura diz que aumentou consideravelmente a procura pelos abrigos públicos e ainda contabiliza os acolhidos.
Em Rio Grande, a enchente apresentava comportamento de subida a partir do final da tarde e noite, e recuo pela manhã. O cenário mudou definitivamente na virada de quinta para sexta. A água subiu e não baixou mais. Pelo contrário, continuava avançando paulatinamente na manhã desta sexta-feira. Isso foi medido por uma estação instalada no Centro de Rio Grande.
O movimento sofre importante influência do vento e dos níveis de represamento ou escoamento da água para o Oceano Atlântico.
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