Pit Stop recolheu quase mil bitucas de cigarro na orla de Imbé

Voluntários recolheram cerca de mil bitucas na beira da praia de Imbé | Foto: Márcio Sardá / Prefeitura de Imbé / CP

O descarte incorreto do resíduo é um microlixo e contaminante, poluidor de corpos hídricos e letal para as aves costeiras e fauna marinha.

A ONG EcoImbé e o Quiosque Bambu realizaram a 8ª edição do Pit Stop da Bituca de Cigarro, próximo a Guarita Central, localizada na esquina das Avenidas Santa Rosa e Beira-Mar.

O objetivo da ação foi conscientizar e incentivar os fumantes para realização do descarte de maneira correta das bitucas de cigarro, em bituqueiras ou latas de lixo, para, assim, reduzir a poluição causada por este que é considerado um microlixo.

Conforme o coordenador da EcoImbé, Cleverton da Silva, um estudo realizado pela Associação Brasileira de Empresas de Limpeza Pública e Resíduos Especiais (Aberlpe) em 2020, apontou que, diariamente, os banhistas que frequentam as praias dividem espaço, em média, a cada oito quilômetros, com mais de 220 mil bitucas descartadas incorretamente.

Os cerca de 30 voluntários que participaram da ação conversaram com o grande público presente na orla, explicando o motivo da iniciativa.

A maioria dos voluntários foram crianças, que são os principais atores da ação. Foi feito um cadastramento desses voluntários, que nos próximos dias, receberão por e-mail, um certificado de participação.

Eles coletaram 924 bitucas durante 30 minutos, em uma área de 100 metros quadrados, delimitada na faixa de areia pelos guarda-vidas.

Equipadas com luvas e baldes para o recolhimento dos dejetos, durante a ação, as crianças participantes foram presenteadas com pirulitos e refrigerantes, e no final, a criança que recolheu o maior número de bitucas, ganhou como prêmio, um lanche a escolher no Quiosque do Bambu.

Essa é a primeira ação de 2024, e a oitava que a Ecoimbé realiza.

A iniciativa já recolheu das areias de Imbé, mais de 20 mil restos de cigarro, e sempre é realizada no verão para conscientizar o fumante que a areia da praia não é cinzeiro, incentivando o público a descartar a bituca nas bituqueiras ou no lixo.

“Ao todo neste verão realizaremos mais duas edições deste projeto. Faremos novamente no Carnaval e encerraremos na Páscoa, sempre objetivando conscientizar e ensinar as pessoas sobre a importância da preservação do meio ambiente e reversão deste quadro grave de poluição”, acrescenta o coordenador do evento.

A bituca de cigarro, é um microlixo e contaminante, poluidor de corpos hídricos e letal para as aves costeiras e fauna marinha. Uma vilã ambiental que carrega consigo mais de 5 mil substâncias tóxicas.

O evento contou com o apoio da Prefeitura de Imbé e do Corpo de Guarda-Vidas Imbé Sul. A EcoImbé é um braço do Instituto Limpa Brasil (ILB). A ação, ao mesmo tempo em que conscientiza os frequentadores da praia, tem a função de levantamento de dados científicos. Os relatórios produzidos com os dados coletados, são enviados para o ILB, que posteriormente envia esses dados para ONU e OMS.

 

Correio do Povo

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