Desde as enchentes de 2024, mais de 800 cães foram acolhidos em condições emergenciais.
Um ano após as enchentes que devastaram as cidades gaúchas, um grupo de voluntários da ONG Cão Sem Dono, de São Paulo, viajou mais de 1,2 mil quilômetros para resgatar 20 cães que seguiam acorrentados e sem lar para finalmente oferecer uma nova família a estes animais.
O presidente da ONG, Rafael Rodrigues Miranda, diz que um ano após os eventos climáticos as condições dos animais continuam péssimas. “Não está nada bem. Viajamos em quatro carros, durante 24 horas, para buscar estes 20 animais que terão lares já definidos.
Através de fotos conseguimos a adoção. A ideia é tirar estes animais aqui do Sul e colocá-los em famílias, que darão a eles suporte, comida e, sobretudo, amor e carinho.”
A secretária do Bem-Estar Animal de Canoas, Paula Lopes, disse que é muito importante deixar claro que estes animais que foram vítimas da enchente precisam ter seu reinício, ter suas histórias reescritas. “Não está tudo bem. Nós estamos aqui para chamar o Brasil inteiro para olhar para estes animais para que eles possam ter suas novas chances. Eles precisam de uma casa”, comenta ela.
Desde as enchentes de 2024, mais de 800 cães foram acolhidos em condições emergenciais, em espaços improvisados e superlotados.
Para evitar brigas e garantir um mínimo de segurança, muitos deles foram mantidos acorrentados, uma medida extrema, mas necessária diante da estrutura precária.
A ação serve como um alerta e um convite: há ainda muitos animais à espera de quem estenda a mão.
Que esta libertação simbólica seja apenas o começo de um grande movimento de solidariedade.
Correio do Povo
