Paris receberá 10.500 atletas durante a Olimpíada 2024, o menor número desde a Olimpíada de Sydney (Austrália) em 2000. Entretanto, essa é a primeira vez na história dos jogos que o número de competidores masculinos e femininos será igual: 5.250 atletas de cada sexo vão disputar as medalhas em 48 modalidades. Na última Olimpíada, em Tóquio, a porcentagem de competidoras mulheres foi de 48,8%.
Conforme o Comitê Olímpico Internacional (COI), a paridade de gênero só foi alcançada após iniciativas lideradas pelo COI, em parceria com grupos de interesse do Movimento Olímpico, que inclui Paris 2024, Federações Internacionais e Comitês Olímpicos Nacionais.
Desde as Olimpíadas do Rio de Janeiro, o número de atletas confirmados não ficava abaixo dos 11 mil. Segundo o COI, a cidade brasileira recebeu, em 2016, 11.238 atletas — em Tóquio, quando os jogos aconteceram em 2021 devido à pandemia, foram 11.090 esportistas.
De acordo com o Comitê Olímpico Brasileiro (COB), a previsão é que a delegação brasileira leve entre 270 a 300 atletas para Paris em 2024. Essa lista, segundo o COB, ainda não está fechada, pois vários atletas continuam disputando vagas para as Olimpíadas.
A lista com o nome de todos os atletas só será conhecida em julho. “A quantidade de atletas varia por países e depende das classificatórias. Cada país tem um número diferente de atletas e a escolha dos nomes depende de cada uma das modalidades, é um critério de cada confederação”, explica o COI.
A França deve garantir 511 atletas nas Olimpíadas deste ano. O número de atletas deve ser mais equilibrado entre os competidores do sexo masculino e feminino.
Segundo o Comitê Organizador, Paris 2024 desenvolveu uma programação para os jogos que garante o equilíbrio entre os gêneros para as transmissões em “horário nobre”, a fim de promover o esporte feminino para o público.
Outras ações para celebrar os jogos, envolvendo a igualdade de gênero, foram realizadas pelos franceses. Segundo o COI, apenas 1% das instalações esportivas na França levam nomes de mulheres.
Para contribuir na mudança, 70 autoridades contaram com a ajuda do comitê de Paris 2024 e comprometeram-se a renomear os locais. Em março, a cidade de Livry-Gargan, no subúrbio de Paris, nomeou seu primeiro campo de futebol como “Marianne Mako”, jornalista esportiva que faleceu em 2018.
“Como a igualdade também envolve visibilidade, renomear essas instalações esportivas com nomes de mulheres é um desafio fundamental”, disse Tony Estanguet, presidente do Comitê Organizador dos Jogos Olímpicos de Paris 2024.
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