Doença oncológica é silenciosa em estágio inicial, mas a ausência de sintomas não deve desencorajar a realização de exames regulares.
Os cuidados com a saúde do homem, que ficam mais em evidência ao longo das campanhas de conscientização do Novembro Azul, levam a uma atenção especial para o câncer de próstata, sua prevenção e diagnóstico precoce.
Considerada a segunda neoplasia mais comum entre o público masculino no país, tendo estimativa de 3.510 ocorrências neste ano somente no Rio Grande do Sul, ela não atinge apenas os idosos.
Os dados são do Instituto Nacional de Câncer (Inca). “Homens mais jovens também podem ser afetados”, afirma o oncologista Fernando de Souza Pereira, do Instituto Kaplan e Oncoclínicas Capão da Canoa.
A idade é um dos mitos que cercam a doença oncológica, que costuma ser silenciosa em estágio inicial. Dentre os sintomas mais comuns estão: dificuldade ou urgência para urinar, jato urinário fraco ou interrompido, dor ou ardor ao urinar, sangue na urina ou no sêmen, dor na região pélvica ou lombar e disfunção erétil. Contudo, vale lembrar que por serem inespecíficos e estarem presentes em outras condições não oncológicas, há a possibilidade de serem confundidos com infecção urinária ou hiperplasia benigna da próstata. Daí a importância de consultas regulares e exames mesmo em pacientes assintomáticos.
A seguir, o oncologista apresenta as principais informações sobre a doença:
– Histórico familiar aumenta o risco de ter a doença?
Essa situação pode, praticamente, dobrar o risco de um indivíduo desenvolver a neoplasia. No entanto, cerca de 85% dos casos acontecem em homens sem histórico familiar.. A doença tem a particularidade de poder ser hereditária (por mutação específica de um gene) ou familiar, em que uma série de alterações genéticas específicas acontece em uma família e pode gerar, conjuntamente com questões não genéticas, o desenvolvimento do tumor.
– O exame de sangue (PSA) e o toque retal são indicados para identificar o câncer de próstata?
Tanto o exame PSA, quanto o toque retal, são recomendados pela Sociedade Brasileira de Urologia. Ambos podem ser realizados de forma complementar, aumentando assim a possibilidade de identificar alguma anormalidade. Contudo, cada paciente precisa ser avaliado individualmente para definir a sua necessidade. O PSA (antígeno prostático específico) é um teste laboratorial voltado a avaliar os níveis sanguíneos dessa substância, que é naturalmente produzida pelo tecido prostático. Entretanto, é importante ressaltar que pode resultar elevado em diversas outras situações, tais como infecções, inflamações ou o crescimento benigno da próstata. Além do mais, existem tipos menos comuns de neoplasias da próstata que podem, inclusive, nem causar elevação de PSA sanguíneo. Sendo assim, o teste de PSA e o toque retal fazem parte do raciocínio médico para o diagnóstico da doença oncológica. Quando há suspeita da neoplasia, é indicada, ainda, uma biópsia através de ultrassonografia transretal para a confirmação do diagnóstico, precedida muitas vezes de uma ressonância.
– A atividade física regular é importante na prevenção?
Sim e um estudo publicado no The British Journal of Sports Sports Medicine mostrou que a prática regular de atividade física aeróbica pode reduzir o risco. A conclusão dos autores foi que os homens que conseguiram melhorar o condicionamento físico ao longo dos anos apresentaram menos chances de serem diagnosticados com a doença oncológica.
– Causa impotência?
É muito raro a disfunção erétil ser causada diretamente pelo câncer de próstata. Mas pode ocorrer em alguns casos como consequência ou evento adverso do tratamento adotado.
• Vasectomia pode provocar câncer de próstata?
Não existem evidências comprovando essa relação.
– Alimentação saudável tem papel na prevenção?
Existem alimentos que contribuem na prevenção dessa neoplasia e também de doenças cardiovasculares. É o caso de vegetais e frutas como tomate, goiaba, melancia e rabanete que são ricos em licopeno, um pigmento carotenoide avermelhado.
Sobre a Oncoclínicas&Co
Oncoclínicas&Co é o maior grupo dedicado ao tratamento do câncer na América Latina, com um modelo especializado e inovador focado em toda a jornada do tratamento oncológico, aliando eficiência operacional, atendimento humanizado e especialização por meio de um corpo clínico composto por mais de 2.700 médicos especialistas com ênfase em oncologia. Com a missão de democratizar o tratamento oncológico, oferece um sistema completo que integra clínicas ambulatoriais a cancer centers de alta complexidade. Conta com 142 unidades em 39 cidades brasileiras, permitindo acesso de qualidade em todas as regiões que atua, alinhados aos padrões dos melhores centros de referência mundiais no tratamento do câncer.
Com foco em tecnologia, medicina de precisão e genômica, a Oncoclínicas realizou aproximadamente 635 mil tratamentos em 2023. É parceira exclusiva no Brasil do Dana-Farber Cancer Institute, afiliado à Faculdade de Medicina de Harvard, um dos principais centros de pesquisa e tratamento de câncer no mundo. Possui a Boston Lighthouse Innovation, especializada em bioinformática, em Cambridge, Estados Unidos, e participação na MedSir, dedicada ao desenvolvimento e gestão de ensaios clínicos para pesquisas independentes sobre o câncer, em Barcelona, Espanha. Recentemente, expandiu sua atuação para a Arábia Saudita por meio de uma joint venture com o Grupo Al Faisaliah, levando a missão de vencer o câncer para um novo continente e proporcionando cuidados oncológicos em escala global, ao combinar a hiperespecialização oncológica com abordagens inovadoras de tratamento. A companhia integra a carteira do IDIVERSA, índice lançado pela B3, destacando empresas comprometidas com diversidade de gênero e raça. Para maiores informações acesse:
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