MetSul projeta alta probabilidade de ocorrência de neve para as áreas de maior altitude do Sul do Brasil e não descarta acumulação mesmo que pequena.
A MetSul Meteorologia aponta que há a possibilidade do Rio Grande do Sul ter três dias consecutivos com registro de neve. O fenômeno deve ocorrer entre este sábado e a segunda-feira, em áreas de maior altitude no RS e em Santa Catarina.
Há uma chance baixa para o Planalto de Palmas, no Paraná, conforme a nossa análise.
Uma massa de ar frio está ingressando nesta sexta-feira no Rio Grande do Sul e avança para Norte nas próximas horas, cobrindo toda a região Sul durante o fim de semana com baixa temperatura.
A instabilidade que se prevê, acompanhando o ar frio, deve favorecer a ocorrência de neve.
A chance de precipitação invernal é média a alta em cotas acima de 1000 metros e alta acima de 1300 metros. Logo, a MetSul acredita que deve nevar também nos Campos de Cima da Serra do Rio Grande do Sul, especialmente na área de São José dos Ausentes, mas não descartando o fenômeno em municípios como Bom Jesus, São Francisco de Paula, Jaquirana, Bom Jesus, Vacaria e outros.
Em cotas de 600 metros a 1000 metros, o que inclui a Serra Gaúcha, não se descarta principalmente chuva congelada com eventual neve (chance mais baixa que nos Aparados) em pontos de cidades acima de 800 metros.
Os dados indicam chance de neve no fim do sábado, no domingo e ainda no começo da segunda, logo em três dias do calendário, o que a história mostra ser pouco comum na climatologia regional. Ocorreu em junho de 2021 e antes em julho de 2000, naquela grande onda de frio de 24 anos atrás.
A maior nevada deste século até agora no Rio Grande do Sul foi em 2013. Ela se deu no fim de agosto com acumulação em dezenas de cidades do Rio Grande do Sul, na Serra e nos Campos de Cima da Serra. No evento do fim de agosto de 2013, Gramado ficou branca como não ocorria desde julho de 1994.
A instabilidade que se prevê, acompanhando o ar frio, deve favorecer a ocorrência de neve.
Os dados analisados pela MetSul Meteorologia indicam a maior probabilidade de neve até agora neste ano e entendemos que a chance de nevar é muito alta nos municípios de maior altitude do Sul do país, notadamente do Planalto Sul Catarinense.
Nevou no começo deste mês na região de São Joaquim (SC) e São José dos Ausentes (RS), mas, confirmando-se os dados dos modelos, a precipitação desta vez tende a ser mais ampla e mais forte nestas regiões que são as de maior altitude do Rio Grande do Sul e Santa Catarina.
Mesmo a possibilidade de a neve acumular, mesmo que pouco em alguns pontos, não pode ser descarta neste evento do fim de semana.
A possibilidade é maior no Planalto Sul Catarinense, tanto nos municípios da região como no Morro da Igreja (1800 metros de altitude) ou no Morro das Antenas de Urupema.
Pode parecer surpreendente que neve no fim do inverno meteorológico (trimestre de junho a agosto), mas a história está repleta de exemplos de ocorrências do fenômeno na segunda metade de agosto, inclusive alguns bastante expressivos.
A maior nevada deste século até agora no Rio Grande do Sul, por exemplo, em 2013, se deu no fim de agosto com acumulação em dezenas de cidades do Rio Grande do Sul, na Serra e nos Campos de Cima da Serra.
No evento do fim de agosto de 2013, Gramado ficou branca como não ocorria desde julho de 1994.
ONDE PODE NEVAR?
A MetSul estima chance média a alta de precipitação invernal, seja chuva congelada ou neve fraca, nas áreas de maior altitude do Rio Grande do Sul e de Santa Catarina.
Modelos apontam chance maior (alta a muito alta) principalmente para o Planalto Sul Catarinense, na área de São Joaquim.
A chance de precipitação invernal é média a alta em cotas acima de 1000 metros e alta acima de 1300 metros.
Logo, acreditamos que deve nevar também nos Campos de Cima da Serra do Rio Grande do Sul, especialmente na área de São José dos Ausentes, mas não descartando o fenômeno em municípios como Bom Jesus, São Francisco de Paula, Jaquirana, Bom Jesus, Vacaria e outros.
Em cotas de 600 metros a 1000 metros, o que inclui a Serra Gaúcha, não se descarta principalmente chuva congelada com eventual neve (chance mais baixa que nos Aparados) em pontos de cidades acima de 800 metros.
Os mapas abaixo mostram a projeção de neve acumulada com base na rodada da 0Z de hoje dos modelos alemão Icon, do norte-americano GFS, e do modelo canadense (CMC).
Os dados apontam a maior probabilidade justamente entre o Planalto Sul Catarinense e os Aparados da Serra do Rio Grande do Sul.
Algumas simulações computadorizadas indicam a possibilidade do fenômeno ainda no Planalto Norte de Santa Catarina, assim que não se descarta a ocorrência de neve (chance menor) ainda no Planalto de Palmas, no Sul do Paraná.
QUANDO PODE NEVAR
Os mapas abaixo mostram as projeções de neve para sábado, domingo e segunda-feira, conforme a última rodada disponível do modelo canadense, da 0Z desta sexta-feira.
O que chama a atenção é o período longo com condições favoráveis à neve.
São, assim, duas janelas favoráveis ao registro de neve no Sul do Brasil.
A primeira entre o final do sábado e a manhã de domingo e uma segunda entre o fim do domingo e a madrugada da segunda-feira, mas não se afasta o fenômeno no período intermediário entre as duas.
TRÊS DIAS COM NEVE?
Como se vê, os dados indicam chance de neve no fim do sábado, no domingo e ainda no começo da segunda, logo em três dias do calendário, o que a história mostra ser pouco comum na climatologia regional.
Ocorreu em junho de 2021 e antes em julho de 2000, naquela grande onda de frio de 24 anos atrás.
Depois de duas décadas, em 2021 a neve caiu por três dias consecutivos na Região Sul e com registros nos três estados.
A neve começou em 28 de junho de 2021, alcançando municípios do Rio Grande do Sul, Santa Catarina e até do Sul do Paraná, na região de Palmas, acompanhando a instabilidade da frente fria.
No final do dia, devido à circulação de umidade de um ciclone na costa do Uruguai interagindo com o ar mais frio que estava centrado sobre o Norte da Argentina, chegou a nevar em Quaraí, no Oeste do estado gaúcho, onde o fenômeno é pouco comum pela baixa altitude.
No dia 29, as ocorrências de neve se concentraram mais no Rio Grande do Sul, em cidades da Serra Gaúcha principalmente, mas a precipitação foi, em geral, muito leve e passageira sem qualquer acumulação.
No dia 30, entretanto, por conta do ar gelado interagindo com a umidade da tempestade subtropical Raoni na costa, o Planalto Sul Catarinense registrou neve durante a madrugada que foi mais expressiva e que chegou a acumular em cidades como São Joaquim, Urupema e Bom Jardim da Serra, o que deixou a paisagem branca em pontos destas localidades do Planalto Sul.
Em 2000, nevou nos dias 11, 12 e 13, a última vez em que havia nevado por três dias seguidos no Sul do Brasil antes de 2021.
Assim como em 2021, os flocos caíram nos três estados do Sul. A neve, contudo, não parou por aí.
Após um breve período com tempo aberto que trouxe mínimas excepcionalmente baixas no amanhecer de 14 de julho de 2000, um reforço de ar polar voltou a provocar neve entre os dias 16 e 17.
Em agosto de 2000, no dia 11, nevou no Nordeste do Rio Grande do Sul e no Planalto Sul de Santa Catarina.
Mais tarde no mês, a neve voltou a cair misturada à chuva na cidade de São Joaquim no dia 29.
A surpresa, porém, estava reservada para o mês seguinte.
No dia 25 de setembro, já em plena primavera, nevou em Bom Jesus, Cambará do Sul e em São Joaquim.
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