Gaúcho ficou famoso pelas obras “TOC – Uma comédia obsessiva compulsiva” e “Homens de Perto”
Artur José Pinto realizou trabalhos no teatro, no cinema e na TV.
Núcleo de Especiais / Divulgação
Morreu, aos 64 anos, o dramaturgo e ator Artur José Pinto na manhã de sábado (18).
Ele estava internado há cerca de dois meses no Hospital de Clínicas de Porto Alegre por conta de um problema renal.
Artur deixa a esposa, um filho e um neto.
O velório de Artur José Pinto começou às 11h deste domingo (19), no Angelus Memorial e Crematório, na Capital.
Após o término, foi realizada uma cerimônia de despedida com amigos e familiares do autor.
Responsável por espetáculos de grande sucesso, como TOC – Uma comédia obsessiva compulsiva e Lupi, o musical — Uma vida em estado de paixão, Artur era considerado um dos grandes nomes da dramaturgia gaúcha. Néstor Monasteiro, diretor de Homens de Perto, lamenta mais uma grande perda no mundo da arte.
— Sabe quando tu bates o carro e dá perda total? É isso. Perder o Artur é ficar sem mais um grande gerador de motores do teatro. Ele era uma cabeça privilegiada, um artista multitalentoso. Acima de tudo, era meu amigo e parceiro de mais de 25 anos — conta.
Os dois trabalharam juntos em uma série de outros espetáculos, desde 1998, com a peça infantil Gnomos, escrita por Artur e dirigida por Néstor. Depois, em 2003, a dupla colocou Homens de Perto nos palcos porto-alegrenses e brasileiros.
— Foi um trabalho de longa duração. Demoramos muito para elaborar o espetáculo. Mexer com humor é complicado. A quantidade de textos que o Artur fez para Homens de Perto é mais do que o dobro daquilo que o público viu. Ele tinha uma capacidade de produção fantástica — lembra Néstor.
Artur José Pinto ainda fez parte do elenco de obras do cinema, como Ainda Orangotangos (2008), Menos que Nada (2012) e Pura Ficção (2021). Já na televisão, atuou nas séries Sapore d’Italia (2011), produção da RBS TV gravada em Roma, e Kalanga — Cidade das Bicicletas (2016), que foi ao ar na TVE.
Nas redes sociais, dezenas de colegas de profissão, amigos e fãs lamentaram a morte do artista. “Mestre Artur, levaremos toda aprendizagem e amizade para sempre, em nossos corações e nossas memórias. Teremos saudades!”, escreveu Mirian Bolzan, parte do elenco de América Café, outra peça de Artur.
— Um monte de gente publicou, mas eu ainda não consegui sentar e escrever nada para ele. Tenho que dar um tempo, deixar a poeira baixar. Agora não consigo encontrar palavras para falar do meu amigo — confessor o diretor e colega, Néstor.
*Produção: Yasmim Girardi
Correio do Povo