Colhemos o que plantamos.
Precisamos estar conscientes que tudo o que fazemos tem uma repercussão um dia ou outro. Mas colhemos também o que não plantamos.
Como estamos nessa terra imensa que gira, gira e sempre volta ao mesmo lugar, colhemos o que plantam outras pessoas, feliz e infelizmente.
Colhemos o que plantam nossos filhos, pais, amigos… E a sociedade de forma geral. Todos os caminhos que escolhemos geram mudanças nas vidas de outras pessoas e vice-versa.
Se fôssemos uma ilha, tudo estaria centrado em nós. Teríamos o mundo em volta e sobreviveríamos. Mas não… Não somos uma ilha e precisamos uns dos outros.
Uma ilha, por mais bela que seja, isolada no meio de um oceano, sem dar e sem receber, não passa de uma ilha solitária.
Não podemos viver sós, a sós, só pensar em nós. Não fomos feitos pra isso. Precisamos de amor, compreensão, do dar e receber, de mãos estendidas e precisamos compartilhar.
O convívio com outras pessoas é enriquecedor e acontece de ser também cheio de desapontamentos, o que nos faz crer que seria melhor evitar relacionamentos.
Muitas vezes é justamente quando alguma coisa dói em nós que nos sentimos vivos. Percebemos que ainda temos sensibilidade, emoções que se afloram e nos fazem até chorar, mas são elas que dão sentido à nossa vida.
Precisamos sentir a vida e os corações que pulsam dentro dela, provar do amargo e do doce e ter a certeza de não estarmos sós.
A solidariedade é a ponte que vai nos ligando uns aos outros, como uma grande corrente onde mãos se tocam e se sustentam e dizem ao mesmo tempo: “preciso de você” e “pode contar comigo.”
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