Yasmin Vaz dos Santos Rodrigues, mãe da criança, e Bruna Nathiele Porto da Rosa, companheira dela, jogaram corpo no rio em uma mala, segundo a investigação. Crime aconteceu em julho de 2021. Corpo nunca foi encontrado.
O júri das rés pela morte de Miguel dos Santos Rodrigues, assassinado aos 7 anos em 2021, foi marcado para a o dia 4 de abril, no Foro de Tramandaí, conforme decisão da Justiça. A mãe de Miguel, Yasmin Vaz dos Santos Rodrigues, e a companheira dela, Bruna Nathiele Porto da Rosa, respondem pelo crime. Ambas estão presas.
A decisão foi publicada após o esgotamento dos recursos da sentença de pronúncia, que definiu, em 2022, que elas responderiam pelo homicídio da criança contra a vida no Tribunal do Júri.
As rés respondem por homicídio triplamente qualificado, tortura e ocultação de cadáver. As qualificadoras são motivo torpe, meio cruel e recurso que dificultou a vítima.
Na decisão, a Justiça ainda informa a renúncia dos procuradores de Yasmin, e dá prazo para que ela indique novo defensor. Caso isso não ocorra, fica a Defensoria Pública designada.
A defesa de Bruna informa que já esperava que o júri fosse marcado para esse ano. “Seguimos trabalhando dentro do propósito defensivo, com as provas que existem no processo, as quais favorecem a Bruna, para que possamos demonstrar de forma clara ao conselho de sentença e assim chegarmos ao resultado esperado, que é a não condenação da Bruna ao homicídio do menino Miguel”, diz Uelsei Natã Dias Boeira.
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Relembre o caso
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Miguel dos Santos Rodrigues, de 7 anos, foi dado como desaparecido no dia 29 de julho de 2021, data em que o Corpo de Bombeiros Militar iniciou as buscas. Porém, segundo a Polícia Civil, a mãe admitiu que a criança foi morta e atirada no Rio Tramandaí dois dias antes.
A procura foi suspensa pelos bombeiros depois de 48 dias. O delegado responsável pelo caso, Antonio Carlos Ractz, comentou que não existiam mais razões técnicas para manter as buscas pelo corpo de Miguel.
A investigação revelou que a mãe e madrasta de Miguel andaram cerca de 2 km com uma mala em que estaria o corpo do menino. Imagens de câmeras de segurança flagraram as duas carregando o objeto com a criança dentro.
De acordo com o Ministério Público, o menino vivia sob agressões e violência, e foi assassinado porque as mulheres o consideravam um “empecilho” para a vida do casal.
A perícia confirmou que o DNA encontrado dentro da mala é o do menino, bem como o sangue identificado em uma camiseta e em uma corrente.
Em uma das etapas da investigação, a Polícia Civil revelou pesquisas que teriam sido feitas por Yasmin no celular. Nas consultas, a mãe do menino buscava informações se “digitais humanas saem na água salgada do mar”.
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