Confiança e transparência: entenda a importância de uma boa relação advogado-cliente

Advogado alerta e dá dicas sobre como se prevenir e contornar problemas entre ambas as partes

O andamento de um processo jurídico pode se estender durante anos no Brasil e, junto com a demora natural dos trâmites no Poder Judiciário, o relacionamento entre advogado e cliente também persiste por um longo período. Para que essa relação seja mantida sem problemas ao longo do percurso, a confiança deve ser a base entre as partes.

Dessa forma, o advogado deve estar ciente de todos os detalhes para não ser pego desprevenido em uma sessão ou audiência, e o cliente não deve esconder nada. “Ele precisa compreender que do outro lado está alguém disposto a ajudar, não a julgar, e a abrir o seu íntimo. Não é raro que uma pessoa chegue ao meu escritório e me conte coisas que nem sua família ou amigos mais íntimos sabem, e ele precisa ter confiança no sigilo profissional, além de saber que não deve esconder nada do advogado”, explica Daniel Zalewski Cavalcanti, professor e advogado do Núcleo de Prática Jurídica (NPJ) da Faculdade Estácio.

O especialista destaca a importância da confiança para que seja estabelecida uma boa relação entre advogado e cliente: “se não confias, troque de advogado. Na hora de escolher a pessoa que irá te defender, é importante ter segurança nessa decisão, pois ela pode ser fundamental para o melhor resultado possível na demanda”.

Já por outro lado, Daniel ressalta que, assim como o cliente escolhe o advogado, o profissional também pode e deve escolher o cliente, além de que nunca poderá negar uma causa por motivos da gravidade do ato, pois o advogado defende a aplicação da lei, não o ato que o cliente, supostamente, cometeu. “O jurista baiano Ruy Barbosa nos ensinou que não existe o “indigno de defesa”. […] No entanto, creio que se na relação advogado-cliente não houver a tranquilidade do advogado em acreditar em seu cliente, este pode e deve negar o patrocínio da defesa do acusado”, afirma.

 

Saiba como identificar os sinais de que há problemas na relação advogado-cliente

Cavalcanti entende o relacionamento advogado-cliente como uma das coisas mais complicadas que existem, pois, na maioria das vezes, o cliente não deseja estar na situação que o leva a precisar contratar aquele profissional e muitas vezes, procura o advogado no momento mais triste e complicado da vida. Assim, destaca-se a importância de manter um relacionamento favorável entre ambas as partes, facilitando o andamento do processo e buscando encerrá-lo da forma mais breve possível.

Para isso, é necessário estar atento aos problemas que podem afetar a relação advogado-cliente, tanto para buscar se prevenir, quanto para tentar contornar a situação e recuperar a transparência entre ambos.

O especialista explica que, do lado do cliente, fica claro que há algo de errado quando ele começa a querer interferir no processo e a duvidar da estratégia jurídica adotada pelo advogado, muitas vezes menosprezando o tempo de estudo e a experiência do causídico.

Já pelo lado do advogado é mais complicado, mas existe uma série de sinais que podem demonstrar que há problemas. Entre eles:

– Se o advogado se nega a responder ou fornecer o número do processo para o cliente acompanhar;
– Quando promete resultados, visto que a função do advogado é essencialmente trabalhar em prol de seu cliente, porém nunca podendo garantir qualquer resultado;
– No caso de advogados particulares, se o valor cobrado está abaixo da tabela da OAB;
– Se, na hora de fechar o contrato, o advogado menciona algum tipo de relacionamento com autoridades, por exemplo, “sou amigo do magistrado”.

Entre os principais problemas causados pela falta de ética jurídica, causada muitas vezes por problemas na relação entre ambas as partes, estão os casos em que clientes entregam documentos falsos ou advogados ganham processos e não comunicam. De acordo com Cavalcanti, estes casos são vistos com frequência e enfrentados pelo NPJ da Estácio, assim como o de profissionais que não avisam sobre questões importantes para seus clientes, como a procedência do pedido da outra parte ou algo do gênero.

“O nosso Núcleo de Prática Jurídica tem mostrado aos alunos a forma ética de atuar. Devemos ser combativos em nossa atuação, pois como advogados somos a última barreira entre o arbítrio do estado e o cidadão. No entanto, devemos agir rigorosamente com ética, em respeito aos nossos clientes e assistidos, e em conformidade com o Estado Democrático de Direito”, destaca.

 

Fonte: Usina de Notícias

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