Sarah Silva Domingues, de 28 anos, fazia uma atividade para a conclusão do curso de graduação na Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS) na Ilha das Flores quando foi morta a tiros.
Um homem de 53 anos também foi morto – ele era o alvo dos criminosos, disse a polícia.
A Polícia Civil prendeu temporariamente, na manhã desta terça-feira (6), cinco pessoas suspeitas de envolvimento no assassinato de Sarah Silva Domingues, de 28 anos.
Estudante de arquitetura da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS), ela fazia uma pesquisa para o trabalho de conclusão do curso na Ilha das Flores quando foi morta a tiros por engano, de acordo com a polícia.
O alvo dos criminosos seria um homem de 53 anos, que era proprietário de um mercado onde Sarah estava.
A motivação para o crime ainda não está clara, mas a polícia sinaliza que ele teria desavenças com criminosos.
Os presos seriam o mandante do assassinato, dois executores e outras duas pessoas que teriam envolvimento com o crime. Eles foram alvo de mandados judiciais cumpridos em diferentes endereços de Porto Alegre e Região Metropolitana. Outras cinco pessoas são investigadas por participação no ataque.
O crime
De acordo com o 9º Batalhão de Polícia Militar (9º BPM), Sarah estava em frente a um mercado da região quando o crime aconteceu.
Moradores relataram à polícia que dois homens em uma motocicleta chegaram ao local, desceram do veículo e atiraram com armas de fogo contra a estudante, que conversava o proprietário do mercado.
Ele e Sarah morreram na hora, informou a Brigada Militar (BM). Foram disparados pelo menos 15 tiros. Sarah foi atingida no peito e também em um dos braços.
A mulher do homem que foi assassinado estava nos fundos do local e sobreviveu. Ela disse à BM que o marido não tinha desavenças ou inimizades que pudessem motivar o crime.
Despedida
Segundo a UFRGS, a jovem era militante do movimento estudantil, foi coordenadora do Diretório Central dos Estudantes (DCE), diretora da União Nacional dos Estudantes (UNE) e integrou o Conselho Universitário da UFRGS.
A UFRGS lamentou a morte da aluna. “A Administração Central da Universidade expressa solidariedade aos familiares, amigos e colegas de Sarah”, diz nota publicada no site da instituição.
Entidades estudantis manifestaram pesar pela morte. “Toda nossa solidariedade à família, amigos e companheiros de luta de Sarah”, publicou o perfil da União Brasileira dos Estudantes Secundaristas (Ubes) em uma rede social.
“Ela não morreu em vão. Ela é vítima da violência nas periferias que vivenciamos todos os dias. E ela lutava e estudava por justiça social, inclusive o trabalho de graduação dela era sobre isso”, afirmou Helena Andrade Ew, colega e amiga da estudante.
Após o velório, o corpo de Sarah foi levado a São Paulo, cidade de Campo Limpo Paulista, de onde a estudante é natural, para o enterro, que ocorreu no cemitério municipal.
g1.globo.com/rs