O dia começará com tempo firme e frio na maior parte dos municípios, mas a instabilidade avança ao longo do dia.
Após curto período de trégua, o Rio Grande do Sul terá uma mudança no tempo nesta sábado, 28, de acordo com projeção da MetSul Meterologia.
O dia começará com tempo firme e frio na maior parte dos municípios, mas a instabilidade avança ao longo do dia.
O retorno da chuva será favorecido inicialmente pelo avanço de ar mais quente sobre Santa Catarina e o Paraná em altitude que, ao encontrar a massa de ar frio sobre o Sul do Brasil, vai instabilizar a atmosfera.
Somado a isso, um centro de baixa pressão na costa e o avanço de uma nova massa de ar frio de Sul, uma frente fria traz chuva mais forte para a Metade Norte.
Metade Norte tem maiores riscos
A Metade Norte do território gaúcho deve registrar os maiores acumulados de chuva, entre o sábado e domingo, segundo a MetSul.
Chove forte no fim do dia com altos volumes no Norte e no Nordeste do estado com trovoadas e risco de granizo isolado.
Volumes no Estado
Os volumes de chuva devem ficar entre 50 mm e 150 mm na maior parte dos municípios.
Há risco de alagamentos, deslizamentos, queda de barreiras e repique de cheias, com agravamento das enchentes em rios que seguem em cota de alerta desde as chuvas da última semana.
De acordo com a análise da MetSul, os grandes rios que mais devem ser impactados devem ser o Uruguai na Fronteira Oeste – por conta da chuva que cairá no Noroeste e no Norte do estado assim como na nascente no Rio Pelotas nos Campos de Cima da Serra – Jacuí, Taquari, Caí, Paranhana, Sinos e Gravataí.
Os rios que cortam os vales têm suas nascentes na Serra, nos Campos de Cima da Serra e entre a Serra e Litoral Norte, onde deve chover muito.
O Taquari ainda recebe a água da chuva que cai no setor mais a Leste do Planalto Médio.
As cheias do Caí e Taquari podem ser semelhantes ou maiores que as da semana passada. Já o Jacuí deve ter os maiores volumes de chuva nas nascentes, no Norte gaúcho, e na parte final da bacia, na Grande Porto Alegre.
Na parte intermediária, no Centro do estado, não choverá sequer perto do que choveu semana passada. Preocupam os rios Gravataí e do Sinos, que seguem altos e represados pelo Guaíba. O Sinos ainda recebe a vazão do Paranhana, que subirá com a chuva na Serra.
Projeção de aumento do Guaíba
O Guaíba recebe as águas do Jacuí, Taquari, Caí, Sinos e Gravataí. Como o nível estará ainda muito alto e haverá nova onda de vazão, o Guaíba subirá semana que vem.
Haverá ainda vento forte na Lagoa dos Patos amanhã por ciclone, dificultando o escoamento antes da chegada da vazão no início da semana, e vento Sul durante a semana que vem, mantendo o represamento. A MetSul reforça que não se trata de uma repetição de 2024.
No caso do Guaíba, no melhor cenário, o as águas alcançarão marcas próximas do pico da última quarta – ao redor dos 3 metros no Cais Mauá – e no pior cenário, atingirá marcas perto ou ao redor dos picos das duas cheias do segundo semestre de 2023 (3,15 metros a 3,50 metros).
O Guaíba alto agrava a situação da inundação em Canoas, na praia de Paquetá, e represa o Gravataí com subida do Arroio Feijó na zona Norte de Porto Alegre e em Alvorada.
