Atividade física deve fazer parte do cuidado do idoso com câncer

O câncer tem uma relação direta com o envelhecimento e a estimativa da American Cancer Society e do Instituto Nacional de Câncer (Inca) é que cerca de 60% das pessoas diagnosticadas com alguma neoplasia são idosas, por isso a importância de adotar práticas que possam contribuir para o bem-estar nessa jornada de cuidados. Na última reunião da ASCO, este ano em Chicago, também foi apresentado estudo mostrando os benefícios dessa prática.

As doenças oncológicas mais prevalentes na faixa com 60 anos ou mais são: câncer de mama em mulheres, de próstata em homens, de intestino e de pulmão em ambos os sexos.

Atualmente a recomendação dos protocolos internacionais de atividade física para essas pessoas é de 150 minutos por semana, no mínimo, com exercícios de moderada intensidade, supervisionados por um profissional e individualizado para cada caso.

A prática de exercícios físicos é fundamental para melhorar a funcionalidade de idosos.

O tratamento com quimioterapia pode gerar efeitos negativos sobre a massa muscular e força física, aumentando a fragilidade e reduzindo a funcionalidade dos pacientes idosos.

 

Dados sobre o estudo

O médico oncologista Dr. Paulo Bergerot, da Oncoclínicas&Co, vem desenvolvendo uma linha de pesquisa no grupo Oncoclínicas que analisa os benefícios da atividade física, segundo as diretrizes atualizadas da American College of Sports Medicine, em pacientes que iniciam tratamento sistêmico (quimioterapia, imunoterapia ou terapias-alvo) para câncer avançado ou metastático.

Em 2023, os resultados do estudo-piloto foram apresentados no congresso anual da Sociedade Americana de Oncologia Clínica (ASCO). Foram incluídos 40 indivíduos com qualquer tipo de tumor sólido em tratamento com imunoterapia e eles participaram de um programa individualizado de exercícios de 12 semanas, com assistência remota (via telemedicina) de um preparador físico especializado.

O objetivo foi avaliar a viabilidade e aceitabilidade do método proposto, que foi significativa, be como a repercussão na qualidade de vida e nas reações colaterais específicas da imunoterapia, com dados também positivos.

Na ASCO de 2024, em Chicago, foi a vez de ele apresentar a continuação desta linha de estudos, agora com 41 pacientes, com idade média de 70 anos, em uma jornada com exercícios de resistência (ganho de massa muscular) e aeróbicos, com intensidade progressiva e prescritos individualmente, respeitando as particularidades e limitações de cada paciente. O estudo com supervisão profissional remota teve duração de três a cinco horas semanais (quatro a seis dias por semana). Os tipos de câncer mais comuns foram mama (26,8%), geniturinário (22,0%) e pulmão (17,1%), todos em estágios avançados.

Foi observado um aumento significativo na qualidade de vida (pela escala FACT-G) e a redução de sintomas que frequentemente tem reflexos no tratamento oncológico, como dor, fadiga, náusea, depressão e ansiedade. Um fato bastante estudado, e que foi significativamente positivo – embora a princípio pareça contraditório – é o benefício sobre a fadiga oncológica, corroborando o crescente conhecimento de que a prática de exercícios pode ser uma estratégia eficaz não apenas para melhorar o bem-estar geral, mas também para minimizar os sintomas adversos associados ao tratamento oncológico.

 

Sobre a Oncoclínicas&Co

Oncoclínicas&Co é o maior grupo dedicado ao tratamento do câncer na América Latina, com um modelo especializado e inovador focado em toda a jornada do tratamento oncológico, aliando eficiência operacional, atendimento humanizado e especialização por meio de um corpo clínico composto por mais de 2.700 médicos especialistas com ênfase em oncologia.

Com a missão de democratizar o tratamento oncológico, oferece um sistema completo que integra clínicas ambulatoriais a cancer centers de alta complexidade. Conta com 145 unidades em 39 cidades brasileiras, permitindo acesso de qualidade em todas as regiões que atua, alinhados aos padrões dos melhores centros de referência mundiais no tratamento do câncer.

Com foco em tecnologia, medicina de precisão e genômica, a Oncoclínicas realizou aproximadamente 635 mil tratamentos em 2023. É parceira exclusiva no Brasil do Dana-Farber Cancer Institute, afiliado à Faculdade de Medicina de Harvard, um dos principais centros de pesquisa e tratamento de câncer no mundo.

Possui a Boston Lighthouse Innovation, especializada em bioinformática, em Cambridge, Estados Unidos, e participação na MedSir, dedicada ao desenvolvimento e gestão de ensaios clínicos para pesquisas independentes sobre o câncer, em Barcelona, Espanha.

Recentemente, expandiu sua atuação para a Arábia Saudita por meio de uma joint venture com o Grupo Al Faisaliah, levando a missão de vencer o câncer para um novo continente e proporcionando cuidados oncológicos em escala global, ao combinar a hiperespecialização oncológica com abordagens inovadoras de tratamento.

A companhia integra a carteira do IDIVERSA, índice lançado pela B3, destacando empresas comprometidas com diversidade de gênero e raça. Para maiores informações acesse: www.grupooncoclinicas.com

 

Fonte: Moglia Comunicação

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