Ação envolve a fabricação de 216 móveis, 287 casinhas para cães e cerca de 1,5 mil rodos de madeira, além de fraldas e roupas de cama, destinados a abrigos e centros humanitários;
Em 18 unidades prisionais do Estado, apenados estão contribuindo para amenizar os impactos das enchentes recentes, produzindo móveis e outros itens essenciais em oficinas de marcenaria.
Até agora, já foram confeccionados 216 móveis, como berços, camas e armários, 287 casinhas para cachorros e aproximadamente 1,5 mil rodos de madeira, úteis na limpeza de áreas com grande quantidade de lama.
Esses itens foram doados para diversos abrigos municipais e iniciativas estaduais voltadas à população afetada, incluindo a Casa Violeta e os centros humanitários Vida, Recomeço e Esperança.
A fabricação ocorre nas penitenciárias de Canoas 1, Ijuí, Caxias do Sul, Venâncio Aires, Sapucaia do Sul, Modulada de Osório, Modulada de Uruguaiana e nos presídios de Julio de Castilhos, Sarandi, Encantado, Iraí, Canela, Cachoeira do Sul, Santiago, Três Passos e Frederico Westphalen.
O secretário de Sistemas Penal e Socioeducativo, Luiz Henrique Viana, enfatiza a importância da ressocialização por meio do trabalho.
“Nosso objetivo é proporcionar aos apenados a oportunidade de aprender novos ofícios e aumentar suas chances de inserção profissional no futuro”, explica. “O trabalho prisional é um dos pilares do tratamento penal, realizado diariamente nas unidades prisionais, e não apenas em momentos de crise.”
O vice-governador Gabriel Souza, coordenador dos Centros Humanitários de Acolhimento, destaca a colaboração com prefeituras e entidades como o Sistema Fecomércio/Sesc/Senac para oferecer dignidade e conforto às famílias afetadas.
“Os centros estão equipados para atender quem precisa de abrigo, com espaços como berçário e fraldário, que contam com berços produzidos por apenados”, afirma.
A Polícia Penal, vinculada à SSPS, permanece mobilizada para auxiliar a população afetada pelas enchentes. Cerca de 900 apenados, de 52 estabelecimentos prisionais, têm participado na limpeza das cidades e na fabricação de itens como 7 mil fraldas descartáveis, 2 mil barras de sabão e mais de 400 peças de roupas de cama.
“A contribuição dos apenados tem sido fundamental na superação desse momento difícil e no processo de reinserção social, reduzindo a reincidência criminal”, destaca o superintendente da Polícia Penal, Mateus Schwartz.
No Presídio de Canela, seis apenados estão trabalhando na fabricação de mais berços e armários com materiais fornecidos por madeireiras locais.
Apenados que trabalham têm direito à remição de pena – um dia a menos na sentença a cada três dias trabalhados.
leouve.com.br