Anvisa proíbe uso e venda de termômetros e medidores de pressão cardíaca com mercúrio

Resolução foi publicada no Diário Oficial da União desta terça-feira.Foto: CRF-SP/Divulgação

A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) proibiu, em todo o território brasileiro, a fabricação, importação, comercialização e o uso em serviços de saúde de termômetros e esfigmomanômetros (medidores de pressão arterial) com coluna de mercúrio.

A resolução foi publicada nessa terça-feira (24) no Diário Oficial da União.

Os equipamentos abrangidos pela resolução têm uma coluna transparente contendo mercúrio e finalidade de aferir valores de temperatura corporal e pressão arterial, indicados para uso em diagnóstico em saúde.

A proibição não se aplica a produtos para pesquisa, calibração de instrumentos ou uso como padrão de referência.

Ainda de acordo com a resolução, termômetros e esfigmomanômetros com coluna de mercúrio que forem retirados de uso devem seguir as Boas Práticas de Gerenciamento de Resíduos de Serviços de Saúde, fixadas pela Anvisa em 2018.

O descumprimento da resolução, segundo a agência, constitui infração sanitária, sem prejuízo das responsabilidades civil, administrativa e penal cabíveis.

Em 2022, a diretoria colegiada da Anvisa aprovou, em reunião pública, iniciativa regulatória sobre o tema, atendendo a uma demanda da Convenção de Minamata, ocorrida no Japão em 2013 e da qual o Brasil é signatário. Pela convenção, o mercúrio deveria ter seu uso reduzido em todo o mundo até 2020.

O metal pesado, segundo a agência, não representa perigo direto para usuários de termômetros ou de medidores de pressão, mas configura perigoso agente tóxico no meio ambiente quando descartado.

A Anvisa destaca ainda que esses equipamentos já contam com alternativas de mercado que não utilizam coluna de mercúrio.

“Termômetros e esfigmomanômetros digitais são produtos para a saúde de uso difundido no Brasil e possuem as mesmas indicações clínicas que os que contém mercúrio. Esses dispositivos também possuem a sua precisão avaliada compulsoriamente pelo Sistema Brasileiro de Avaliação da Conformidade e são ambientalmente mais sustentáveis.”

Ainda em 2017, a autarquia emitiu a primeira resolução proibindo os dispositivos, a RDC 145/2017, que passou a valer no país a partir de 1º de janeiro de 2019. Agora, o novo texto atualiza o anterior após um processo de revisão, mantendo a proibição. Em nota, a agência explica que isso “atende apenas a aspectos formais de edição/publicação de resoluções” e que “em nada muda a regra que já proibia tais equipamentos”.

Na época, a Anvisa explicou que a decisão de proibir os produtos era resultado da Convenção de Minamata, assinada pelo Brasil e cerca de 140 países em 2013 para eliminar o uso do mercúrio, um metal líquido, em diferentes produtos, como pilhas, lâmpadas e equipamentos para saúde.

Isso devido aos riscos de contaminação ambiental em caso de quebra desses aparelhos e da consequente exposição à substância, que a longo prazo eleva riscos como sequelas neurológicas.

 

https://www.osul.com.br/an

Quer ficar por dentro sobre as principais notícias do Brasil e do mundo? Siga o Serra e Litoral nas principais redes sociais. Estamos no Twitter, Facebook, Instagram e YouTube. Tem também o nosso grupo do Telegram e Whatsapp.

Você já acessou a nossa Página Osório na Web hoje?

Olá, Seja bem-vindo!
Você já acessou a nossa Página Osório na Web hoje?
𝐀𝐜𝐞𝐬𝐬𝐞, conheça e fique bem informado(a) dos acontecimentos do 𝐃𝐈𝐀-𝐃𝐈𝐀.

Osório na Web e Portal Serra e Litoral Juntos.
Segue o Link da Página

Página Osório na Web

Redes do Grupo Fortes Publicidade
Notícias atualizadas 24h.

Receba as principais notícias do Portal Serra e Litoral no seu WhatsApp

Curta, compartilhe e se inscreva no nosso canal no YouTube

Notícias Relacionadas